Dia da Mulher Maranhense: Maria Firmina dos Reis ganha biografia
O magistrado Agenor Gomes, lança nesta sexta-feira, a obra literária de sua autoria “Maria Firmina dos Reis e cotidiano da escravidão no Brasil”.
“Mesquinho e humilde livro é este que vos apresento, leitor. Sei que passará entre o indiferentismo glacial de uns e o riso mofado de outros, e ainda assim o dou a lume. […] Deixai, pois, que a minha ÚRSULA, tímida e acanhada, sem dotes da natureza, nem enfeites e louçanias da arte, caminhe entre vós.” – Maria Firmina dos Reis, no livro “Úrsula”.
Nascida em São Luís em 11 março de 1822, Maria Firmina faleceu em 11 de novembro de 1917, aos 95 anos, na cidade de Guimarães. Teve em vida o privilégio de presenciar a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República.
Foi registrada como filha de João Pedro Esteves e Leonor Felipe dos Reis, prima do escritor maranhense Sotero dos Reis por parte de mãe. Em 1830, mudou-se com a família para a Vila de São José de Guimarães (Guimarães-MA).
Sua obra literária e sua importância na história ganharam o mundo num passado não tão distante. Pesquisadores, escritores, articulistas, curiosos e especialistas vem dando, paulatinamente, a importância e a reverência que a vida e a obra dessa maranhense merecem.
Um deles, é o magistrado Agenor Gomes, que lança nesta sexta-feira, 11, a obra literária de sua autoria “Maria Firmina dos Reis e cotidiano da escravidão no Brasil”, em solenidade que acontecerá às 17h, no auditório da sede administrativa da Associação dos Magistrados do Maranhão, no Calhau, com evento aberto ao público, e atenção às restrições cabíveis contra a Covid-19.
Foram 3 anos de trabalho de pesquisa, de coleta, de investigação em bibliotecas; arquivos dos municípios de Pinheiro, Guimarães e São Luís, e ainda do Tribunal de Justiça; cartórios, até que fossem reunidos todos os elementos para resultar em um trabalho de 360 páginas, divididos 13 capítulos. A obra tem ainda 81 fotos relacionadas a documentos que foram encontrados e fala de diversos aspectos da vida de Maria Firmina, para além da vida de escritora.
O livro possui 15 documentos inéditos ainda desconhecidos da vida de Maria Firmina, como procurações, documentos assinados ao longo da trajetória, quando ainda jovem, até a última assinatura quando ela já está cega.