Nova Filiação

Brandão e Alckmin ingressam no PSB

A ida de Brandão para o PSB faz parte de uma construção política.

A ida de Carlos Brandão para o PSB faz parte de uma construção com Flávio Dino. (Foto: Divulgação)

Depois de um longo período de articulações de âmbitos nacional e estadual, o vice-governador do Maranhão, Carlos Orleans Brandão assina hoje, em Brasília, a ficha de filiação ao PSB, depois de ter passado pelo PRB, que virou Republicanos, e o PSDB, por duas vezes.

O ato de filiação de Brandão no PSB se dará na manhã desta quarta-feira, na sede do partido, que receberá também o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ex-integrante do PSDB, por 33 anos, período em governou São Paulo por quatro vezes.

A ida de Brandão para o PSB faz parte de uma construção política, que começou com a mudança do governador Flávio Dino, do PCdoB para a legenda socialista. Está se concretizando com o ingresso de Alckmin, rompido com o PSDB depois que o governador João Doria assumiu o papel de pré-candidato a presidente da República.

Sem o espaço que pretendia no partido que ajudou a fundar, Alckmin se compôs com o PT, principal oponente dos tucanos em São Paulo, para se tornar vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva na corrida à Presidência da República em outubro, contra o presidente Jair Bolsonaro e vários outros.

Já Flávio Dino foi militante petista desde os movimentos estudantis na Universidade Federal do Maranhão, até de tornar juiz federal e professor de Direito Constitucional da mesma instituição. Em 2006, Dino decidiu abandonar a carreira da magistratura e ingressar na política pelo PCdoB, já que os petistas locais estavam em guerra interna e não lhe concedeu o espaço que precisava.

Flávio Dino foi eleito deputado federal pelo PCdoB, mas perdeu a eleição de governador em 2010 para Roseana Sarney. A oposição saiu dividida entre Flávio Dino e Jackson Lago, do PDT, contra a governadora no poder.

Só em 2014, Flávio Dino conseguiu reunir nove partidos, inclusive os que integravam o Grupo Sarney, e derrotar o candidato Lobão Filho, do então PMDB, apoiado por Roseana. A maior novidade foi a união do PCdoB de Dino com o PSDB, presidido no Maranhão por Carlos Brandão, que se tornou vice da chapa vitoriosa.

A coligação dinista foi ampliada em 2018 para 16 partidos, mas ele preferiu manter Brandão na mesma posição, repetindo a vitória no primeiro turno.

Para a eleição deste ano, como pré-candidato a senador pelo PSB, Flávio Dino vai entregar o cargo ao vice Carlos Brandão no próximo dia 31. Ele tentou construir uma candidatura única no grupo, mas o senador Weverton Rocha, eleito em 2018 na coligação dinista, rachou o grupo, com seu projeto de disputar o governo.

Já Roseana Sarney desistiu de concorrer, para disputar uma cadeira na Câmara Federal. Agora, a polarização segue entre Carlos Brandão e Weverton Rocha, com o MDB de Roseana decidido a apoiar Brandão, o mais novo líder político estadual a se incorporar ao PSB de Flávio Dino, junto com o ex-tucano Geraldo Alckmin, para se tornar vice de Lula.

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