Deputada aponta suposta doutrinação ideológica em escolas públicas do Maranhão
Mical Damasceno diz que ação vem sendo conduzida pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
A deputada Mical Damasceno (PTB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (24) para denunciar uma suposta doutrinação ideológica, que vem sendo realizada pela entidade estudantil UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. A instituição tem feito visitas às escolas da rede pública de ensido do estado.
Segundo a parlamentar, o grupo esteve na última quarta-feira (23) no Centro de Ensino da Cidade Operária I, em São Luís. “Eles falam assim: ‘Juventude nas ruas!”, ‘UBES nas lutas!’. Esses integrantes estão percorrendo vários estados. Parece que o grupo é procedente do Ceará, chega nas escolas promovendo palestras, distribuindo periódicos e espalhando ‘fake news’”, disse Mical.
A deputada conta que, após a distribuição de periódicos, o grupo ministra uma palestra e, em seguida, recolhe o material para, segundo ela, não deixar nada que possa comprometer a entidade. “No entanto, um aluno ficou com um exemplar, o qual chegou em minhas mãos. Por isso, estamos aqui denunciando”, afirmou. Mical denuncia uma fala do grupo.
“[A UBES] mente quando afirma que o presidente da República e seus generais cobram um dólar de propina por cada dose de vacina e que Bolsonaro quer uma nova ditadura”. “O que eles pretendem é influenciar os jovens. Estão fazendo, na verdade, uma campanha política antecipada. Isso é uma doutrinação ideológica”, acentuou.
Investigação
Para a deputada, o caso precisa ser investigado pela Secretária de Estado da Educação e pelo Ministério Público Estadual. “Não vamos aceitar e vamos apurar. O nome do grupo é UBES. Na capa, tem um Che Guevara e fala somente ‘rebele-se’, que é a tese do grupo para o Congresso da UBES”, concluiu.
A UBES
Segundo as informações exibidas no Portal da UBES, a instituição existe há 67 anos e atua em conjunto de entidades secundaristas estaduais e municipais. O objetivo do grupo é organizar e mobilizar as vontades, as insatisfações e os anseios dos secundaristas brasileiros.
A reformulação do ensino médio, maior democracia nas escolas, o fim do machismo, do racismo e da homofobia no ambiente escolar são algumas das reivindicações da entidade estudantil.