O presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS) e secretário de Estado da Saúde do Maranhão, Carlos Lula, assinou, nesta semana, o termo de adesão à campanha “Não Esqueça da Hanseníase”. A parceria foi firmada com o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e tem o objetivo de fortalecer o trabalho de combate à hanseníase no Maranhão e no país. 

“Por conta da pandemia, com as atenções voltadas aos casos da Covid-19, outros serviços de saúde acabaram sendo suspensos ou tiveram que reduzir os atendimentos. Por isso, hoje estamos correndo atrás do prejuízo e desenvolvendo estratégias e ações que atendam essa demanda que ficou represada. Aderir à campanha faz parte desse esforço”, disse Carlos Lula.

Em função da pandemia da Covid-19, estima-se que mais de 50% de casos novos deixaram de ser diagnosticados, comparando a curva epidemiológica da doença entre 2019 e 2020. A doença tem tratamento e cura, e os medicamentos são doados e repassados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para tratamento oferecido pelo SUS. 

Com a adesão à campanha, o Conass se compromete, entre outras iniciativas, a promover a conscientização sobre a Hanseníase e combater à discriminação sofrida pelas pessoas afetadas pela doença, contribuindo assim para eliminar a doença no Brasil, além de divulgar a parceria e estimular a adesão de todos os governos estaduais. 

De acordo com o coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Sousa, a doença ainda é bastante negligenciada. “Foi uma coisa que se repetiu bastante durante a pandemia, entretanto, com relação à hanseníase, foi ainda pior, pois ela já é normalmente esquecida. Contudo, o estado do Maranhão foi um dos que fez um enfrentamento diferenciado, ao fazer abordagens para a doença em diversas unidades e localidades”, enfatizou. 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é líder mundial em prevalência da hanseníase. A cada ano, mais de trinta mil novos casos da doença são confirmados. Para mudar esta realidade, a campanha está incentivando a adesão dos estados, levando em conta seus contextos e ações de enfrentamento. Além do Maranhão, já aderiram à iniciativa os estados do Amazonas, Rio de Janeiro e Rondônia. 

Participaram da assinatura do documento a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Waldeise Pereira; a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Tayara Pereira; o superintendente de Atenção Primária da SES, Márcio Menezes; a coordenadora da Força Estadual de Saúde do Maranhão (FESMA), Cheila Farias Caldas; e a representante da Assessoria Especial da SES, Léa Márcia da Costa.