Maranhão: 207 novos casos de AIDS são registrados no 1º semestre
Maior ocorrência da doença é em adultos na faixa etária dos 35 a 44 anos, sendo que 62% dos casos foram diagnosticados em pessoas do sexo masculino e 38% no feminino.
De janeiro a junho deste ano foram noticiados 207 novos casos de AIDS no Maranhão. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, em todo o ano passado foram registrados 681. Do ano passado para cá, dos 888 casos registrados, a maior ocorrência se deu na faixa etária de 35 a 44 anos, com 300 casos.
Demais casos se deram em pessoas de 25 a 34 anos (270), na faixa etária de 55+ (157), em pessoas de 45 a 54 anos (104), em jovens de 15 a 24 anos (53), e 4 casos em menores de cinco anos.
Os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), também que 62% dos casos foram diagnosticados em pessoas do sexo masculino e 38% no feminino.
No ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde registrou 263 mortes em decorrência de HIV/Aids no Maranhão No ano de 2019 foram 430 óbitos e 2.448 casos, o que representa positivamente, uma redução de 38,8% nos óbitos e 39,7% no número de casos. No Maranhão, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES/MA), desde 1985 até outubro de 2018, mais de 19 mil pessoas foram detectadas com o vírus HIV no estado do Maranhão com 62% dos casos sendo homens e 38% são mulheres.
De acordo com Paulo Ribeiro, que preside a Casa de Apoio Acolher (que faz acolhimento de pessoas que vivem e convivem com HIV e AIDS no estado do Maranhão), pelo menos 21 mil pessoas convivem com HIV/AIDS, e em São Luís são mais de 7 mil.
Vivendo com o vírus HIV há 5 anos, P.A. S, de 41 anos, disse que cada dia com vida é uma vitória. “Sei que se não fizer o tratamento, que graças a Deus existe, minhas chances de viver mais diminuem. Muitos no aparecimento desse vírus não tiveram essa chance. Tomo muitas pílulas diariamente, mas sei que preciso disso para viver e me agarro a isso para continuar lutando”, disse.
“Sei que se não fizer o tratamento, que graças a Deus existe, minhas chances de viver mais diminuem”
Neste 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a AIDS, é a oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta contra o HIV e melhorar a compreensão do vírus como um problema de saúde pública global.
Com a atenção mundial voltada para a crise da COVID-19, o Dia Mundial contra a AIDS é um lembrete da necessidade de manter o foco em outra pandemia global que ainda entre nós quase 40 anos após seu início.
No estado, a SES informou que realiza a distribuição de insumos como testes rápidos, camisinhas, antirretrovirais enviados pelo MS para os municípios, bem como garante tratamento hospitalar na unidade de referência estadual, o Hospital Presidente Vargas. “Conforme a recomendação do Ministério da Saúde (MS), os testes rápidos devem ser ofertados nas unidades de saúde básicas dos municípios. Já o tratamento aos pacientes é ofertado nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e nos Serviços de Assistência Especializados também de responsabilidade dos municípios”, informou a SES.
Serviços de Saúde
Além do hospital de referência em tratamento de ISTs/aids no estado, Hospital Presidente Vargas, São Luís, tem uma Coordenação Municipal de Prevenção e Controle das DST/Aids, um Serviço de Atendimento Especializado (SAE), dois Centros de Testagem e Acolhimento e um serviço de atendimento domiciliar. Veja onde procurar ajuda.
Além do hospital de referência em tratamento de ISTs/aids no estado, Hospital Presidente Vargas, São Luís, tem uma Coordenação Municipal de Prevenção e Controle das DST/Aids, um Serviço de Atendimento Especializado (SAE), dois Centros de Testagem e Acolhimento e um serviço de atendimento domiciliar. Veja onde procurar ajuda.
Coordenação Municipal de Prevenção e Controle das DST/Aids
Fone: (98) 3212-8276/8274
E-mail: dstaids@semus.saoluis.ma.gov.br
Serviço de Atendimento Especializado – SAE
Fone: (98) 3243-2105
Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA – LIRA
Endereço: Praça São Roque, s/n – Lira
Fone: (98) 32128379
CTA – ANIL
Endereço: Av. São Sebastião, s/n – Anil
Fone: (98) 3245-9853
Sintomas, transmissão e como se prevenir
Sintomas
Febre, aparecimento de gânglios, crescimento do baço e do fígado, alterações elétricas do coração e/ou inflamação das meninges nos casos graves.
Na fase aguda, os sintomas duram de três a oito semanas. Na crônica, os sintomas estão relacionados a distúrbios no coração e/ou no esôfago e no intestino. Cerca de 70% dos portadores permanece de duas a três décadas na chamada forma assintomática ou indeterminada da doença.
Transmissão
Somente em secreções como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno, o vírus aparece em quantidade suficiente para causar a moléstia. Para haver a transmissão, o líquido contaminado de uma pessoa tem que penetrar no organismo de outra. Isto se dá através de relação sexual (heterossexual ou homossexual), ao se compartilhar seringas, em acidentes com agulhas e objetos cortantes infectados, na transfusão de sangue contaminado, na transmissão vertical da mãe infectada para o feto durante a gestação ou o trabalho de parto e durante a amamentação.
Como evitar a contaminação da doença
1- Sempre utilizar preservativo nas relações sexuais
O uso do preservativo previne a transmissão de qualquer doença sexualmente transmissível. É importante destacar que a camisinha deve ser usada até o fim da relação sexual. Jamais utilize um preservativo por mais de uma vez.
2- Optar por seringas e agulhas descartáveis
Nesse caso, é importante que a pessoa tenha materiais de uso próprio e não compartilhe com nenhuma pessoa. É necessário utilizar apenas uma vez e descartá-lo corretamente.
3- Usar luvas para contato com sangue ou fluidos corporais
A atitude previne o contato direto com o sangue ou fluido corporal que possa estar contaminado.
4- Utilizar objetos cortantes descartáveis ou esterilizados
Essa também é uma possibilidade de transmissão da doença. É importante que utilize objetos cortantes descartáveis ou esterilizados, sem o compartilhamento com outras pessoas.