ALTA GERAL

Combustíveis e energia “puxam” prévia da inflação para quase 11%

Setores como habitação tiveram alta de 90%; entre os alimentos o café subiu quase 10%.

Foto: Reprodução/Outras palavras.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (23) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação oficial. O índice teve alta de 0,78% em dezembro, e vai fechar 2021 em 10,42%, o maior acumulado no ano desde 2015 (10,71%).

O IPCA-15 recolhe dados do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência. Segundo o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta em dezembro. A maior variação foi no ramo de Transportes (2,31%), que encerra o ano com alta acumulada de 21,35%. O resultado foi puxado pelo aumento nos preços dos combustíveis (3,40%), especialmente da gasolina (3,28%).

Também houve influência dos preços do etanol (4,54%) e do óleo diesel (2,22%), que também subiram, embora as variações tenham sido menores que as do mês de novembro (7,08% e 8,23%, respectivamente).

Habitação

No ramo Habitação, que apresentou alta de 90%, o impacto vem por conta do preço da energia elétrica. Desde setembro, está em vigor a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 quilowatt-hora consumidos.

“Além disso, foram aplicados reajustes tarifários em: Brasília (3,81%), com reajuste de 11,69%, em vigor desde 22 de outubro; Porto Alegre (3,15%), com reajuste de 14,70% em uma das concessionárias desde 22 de novembro”, informa o IBGE.

Confira outros indicadores

  • Gás encanado: subiu 2,58%, puxado pelos reajustes de 6,90% no Rio de Janeiro (4,06%), aplicado a partir de 1º de novembro, e de 17,64% em São Paulo (2,28%), a partir de 10 de dezembro;
  • Botijão de gás: alta de 0,51%, onde os preços subiram pelo 19º mês seguido. Alta acumulada de 38,07% em 2021;
  • Alimentação e bebidas: aumento de 0,35%, puxado pela alta da alimentação no domicílio (0,46%). A maior contribuição individual vem do café moído (9,10%), que acelerou em relação a novembro (4,91%).
  • Saúde e cuidados e Educação não registraram alta neste mês, conforme o IBGE.
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