CAMARÃO?

Wagner Moura é criticado por comer acarajé em ocupação do MTST

Eduardo Bolsonaro comparou ato a comunismo; quentinha de baixo custo foi doada por restaurante.

(Foto: Twitter/Reprodução; AFP)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o ator e diretor Wagner Moura se tornaram dois dos assuntos mais comentados das redes sociais neste sábado (13/11). O movimento começou após o parlamentar criticar Moura por comer “camarão” em uma ocupação do do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), em São Paulo.

Eduardo compartilhou uma foto do artista postada por Guilherme Boulos, que se alimentava após a exibição do novo filme dirigido por Moura, Marighella, na ocupação, na noite de sexta-feira (12/11). “Foi potente! Viva a luta do povo”, escreveu Boulos. Eduardo Bolsonaro não gostou da situação e disse que agora “tem o MTST raiz e o MTST nutela”.

Pouco depois, bolsonaristas se uniram a Eduardo e passaram a disparar ofensas ao ator, que recentemente declarou voto em Lula, principal rival de Jair Bolsonaro, pai do parlamentar e atual presidente da República.

“Quentinha gourmet de comunista. Normal.. O relógio é rolex?”, disse um usuário. “Acho que vou virar pobre pra poder comer camarão na quentinha”, rebateu outro bolsonarista. “Só aqui no Brasil integrantes de movimentos ditos sociais andam de Hylux e comem camarão. Algo de errado não está certo…”, declarou outro seguidor de Eduardo.

Marmita era acarajé e foi servido a todos do local

No entanto, o que Eduardo e os seguidores não perceberam é que a refeição de Moura não era “camarão”, mas, sim, acarajé, prato típico baiano, de baixo custo, conhecido por ser comido por populares. Além disso, a alimentação do evento foi doada pelo restaurante Acarajazz, especialista nisso.

“Comida símbolo de resistência da terra desses dois baianos que inspiram nossas lutas”, complementaram. O Acarajazz também rebateu uma notícia dada por um veículo em que afirmava que Moura comia uma “quentinha”. “Doamos uma remessa de forma voluntária. Essa não foi a primeira vez que levamos acarajé para um ocupação, nem será a última”, disseram.

Oposição rebateu: “Queria que tivessem servido osso”

Em contrapartida aos ataques bolsonaristas, seguidores de esquerda rebateram as críticas de Eduardo Bolsonaro e apontaram que o parlamentar ficaria feliz se visse que as pessoas da ocupação estivessem passando por miséria. “Ele queria que a galera do MTST tivessem servido osso”, disse a sócia da Perifacon Andreza Delgado. Ela se refere à notícia recente de que filas de pessoas esperavam em um açougue para comprar ossos.

A youtuber Maíra Medeiros disse ter se assustado em ver que a revolta bolsonarista é um “desespero” de “ver pobre comendo bem”. 

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