Inspirações

Skate e surf em alta pós-Olimpíadas de Tóquio

O Imparcial conversou com pessoas ligadas ao surf e skate do Maranhão.

Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram realizados nos dias de 23 de julho a 8 de agosto. A vitória dos atletas brasileiros inspirou muita gente a se exercitar. O Brasil não é apenas o país do futebol e nos últimos anos, atletas de outras modalidades ganharam destaque no mundo, principalmente, no skate e no surf. As duas modalidades fizeram suas estreias nas Olimpíadas de Tóquio em 2020 e conquistaram muitos pódios para o país, o que permitiu a participação dos melhores atletas dessas duas modalidades.

O Brasil levou 16 atletas para Tóquio – quatro surfistas e 12 skatistas. Entre as 18 medalhas disputadas, conquistou cinco, 1 de ouro e 4 de prata. A medalha de ouro do surf veio com Ítalo Ferreira, a primeira medalha de ouro do Brasil nas Olimpíadas de 2020. A delegação de skate do Brasil era uma das favoritas em duas categorias de street e park. Kelvin Hoefler conquistou a medalha de prata em Tóquio e a primeira medalha no Brasil nessa modalidade.

Rayssa Leal, jogadora da Fadinha de 13 anos, conquistou a medalha de prata e é a atleta mais jovem da história do país a chegar ao pódio olímpico. No park, um dos maiores nomes mundiais do skate, Pedro Barros conquistou a medalha de prata em Tóquio.

Participar de eventos de grande escala não é novidade para o skate e o surf. Nos últimos anos, eles têm se associado às grandes marcas – seja WSL para surf ou X-Games para skate, todos são marcas integradas, com recompensas, divulgação e lucratividade relevantes. Mas a dimensão em Tóquio em 2021 é outra dimensão. Essas formas de seguir a trajetória de sucesso receberam o selo e a câmera do maior evento esportivo do planeta este ano, algo que o espectador nunca experimentou.

O skate e o surf estão na agenda como eventos convidados para os Jogos Olímpicos de 2020 e os Jogos Olímpicos de Paris de 2024 – o Comitê Olímpico Internacional (Comitê Olímpico Internacional) ainda não anunciou o futuro. Porém, com a enorme repercussão dos dois nas Olimpíadas, é difícil imaginar que eles não continuem participando dessa competição.

A repercussão em torno dos dois esportes é um aliado para a definição desse futuro, que atinge direto o alvo que o COI mirou com o convite. Apostar em esportes relacionados à cultura urbana para atrair o público jovem é uma decisão do Comitê Olímpico Internacional em cooperação com o Comitê Organizador Olímpico de Tóquio em 2015 para atualizar e revitalizar os Jogos Olímpicos.

Agora, é de se esperar que os bons resultados dos Jogos Olímpicos também tenham impacto sobre essas duas modalidades. Isso já foi visto em Tóquio: a competição criou ídolos diretos como a Fadinha e aumentou a dimensão dos ídolos em construção – espelhos dos fãs – além de realmente atingir novos públicos.

O Imparcial conversou com pessoas ligadas ao surf e skate do Maranhão.

Eduardo Lobato – Diretor da Federação Maranhense de Surf

Após a realização das Olimpíadas de Tóquio, a procura pela prática de Surf aumentou?

Eu diria que o inédito Título Mundial do Gabriel Medina em 2014 ligou o alerta, e a empolgação da galera veio com Título Mundial do Adriano de Souza em 2015, pois seria o segundo brasileiro campeão mundial, fazendo com que o sonho do brasileiro se tornasse real, possível! 2019 o potiguar Ítalo Ferreira torna-se Campeão Mundial, consolidando o Brazilian Storm. Protagonismo brasileiro no surf! Pois dos últimos 5 anos, 4 campeões sendo 3 brasileiros!  2021, com a realização dos jogos olímpicos de Tokio 2020, o Surf faz sua primeira a aparição, e garante a medalha de ouro com Italo Ferreira, inédito.

No Maranhão são realizados campeonatos de Surf? Se sim, em qual época e quais lugares?

Acontecem na ilha no primeiro semestre nas praias do Caolho e Olho d’água e no segundo semestre na Ponta d’areia. Algumas praias estão sendo mapeadas para a pratica do surf, e já conseguimos realizar Campeonatos em Atins, município de Barreirinhas e Santo Amaro, na Travosa ou Baleia. Temos a melhor época para a pratica do surf nos meses de abril, auge da estação chuvosa com pouco vento.

Fábio Araújo – Professor de Skate no Maranhão

Após a realização das Olimpíadas de Tóquio, a procura pela prática do Skate aumentou?

Sim. Atingiu um público maior. As novas modalidades Olímpicas dessa edição vieram com um intuito de “oxigenar” os jogos olímpicos. Isso de fato foi conquistado sem sombra de dúvidas por conta da maranhense, Rayssa Leal. Que conseguiu falar a língua do público infanto-juvenil e passar a leveza e graça da competição que tem como uma das duas características o sacrifício dos atletas e a pressão, tornando o ambiente tenso na maior parte das vezes. Através da sua afinidade as novas plataformas de comunicação ela mostrou pro mundo que felicidade, diversão, ludicidade podem ser sinônimo de Jogos Olímpicos.

No Maranhão são realizados campeonatos de Skate?

Sim. Hoje esporadicamente, sem um calendário exato. Mas só esse ano já tivemos três eventos dentro da grande ilha. Já tivemos grandes eventos, circuito, o skate já esteve no JEMS-Jogos Escolares Maranhense, além de muitas outras atuações, tais como: feiras de ciências em escolas, Troféu Mirante.

Foto: André Durão

Pois dos últimos 5 anos, 4 campeões sendo 3 brasileiros!  2021, com a realização dos jogos olímpicos de Tokio 2020, o Surf faz sua primeira a aparição, e garante a medalha de ouro com Italo Ferreira, inédito

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