Atualmente, a política de preços praticada pela Petrobras, baseada na paridade internacional, tem acarretado aumentos sucessivos nos preços dos combustíveis, em especial, da gasolina. Surge então, a necessidade de buscar opções que reduzam o consumo de combustíveis em automóveis.

A opção em buscar carros movidos a óleo diesel, é bastante atrativa, com relação ao preço do combustível, onde é em média entre 20 e 30% mais em conta que a gasolina. Os motores a diesel também são mais duráveis e eficientes, tendo mais torque “força” se comparado com os modelos à gasolina, além de chegar ao consumo de até 25 km/l, mesmo na cidade.

Com a evolução tecnológica, os motores a diesel se tornaram mais silenciosos, e com a implementação de legislações ambientais, tais como: o PRONCOVE, as taxas de emissão de enxofre e material particulado têm sido reduzidas de forma significativa. No entanto, os atuais modelos de carros movidos a diesel são mais caros, mesmo se comparados com seus modelos similares à gasolina, chegando a ter um custo de aquisição 30% maior.

Outro empecilho, é a portaria nº 23 de 06 de junho de 1994 do Departamento Nacional de Combustíveis, vinculado ao Ministério de Minas e Energia que proíbe a comercialização de veículos automotores a diesel com capacidade de carga útil inferior a 1.000 kg (soma dos passageiros mais e do peso adicionado a caçamba), ou seja, apenas caminhões, picapes, ônibus e alguns modelos de SUV’s, desde que sejam tracionados 4×4 podem usar motores a Diesel.

Por outro lado, os modelos híbridos funcionam com dois motores: um elétrico e outro a combustão interna, geralmente gasolina. No caso dos modelos que utilizam o motor a combustão interna apenas para carregar a bateria do motor elétrico, responsável pelo movimento do automóvel, podem propiciar uma economia de 50% de combustível e ter autonomia de percurso entre 270 e 400 km.

As baterias de lítio necessitam entre 40 e 66 kWh, dependendo do modelo do automóvel, sendo carregadas ao longo do percurso ou em tomadas residenciais de 220 Volts. No caso dos modelos híbridos, que trabalham com ambos os motores (elétrico/combustão) podem economizar até 10% de combustível se comparado aos modelos convencionais, porém, perdem autonomia se comparado ao seu similar elétrico, atingindo entre 30 a 40 km. Nesses modelos, em baixas rotações, apenas o motor elétrico movimenta o automóvel, enquanto o motor a combustão carrega a bateria do motor elétrico.

No entanto, caso seja acelerado o automóvel, gradativamente é acionado o motor a combustão interna, em sincronia com o motor elétrico, entregando assim maior velocidade e, consequentemente, maior consumo. As opções de modelos híbridos adotadas pelas montadoras ainda são poucas no Brasil, encarecendo seu valor se comparado aos modelos a combustão interna.

Portanto, ao se avaliar o investimento inicial da compra do automóvel, seja ele híbrido ou a diesel, com o seu consumo de combustível, é possível verificar qual opção é mais vantajosa. Além disso, a característica do motorista será preponderante para escolha do modelo mais adequado.

No caso dos carros movidos a diesel, seriam viáveis para motoristas que percorrem longas distâncias na sua atividade diária, pois sua durabilidade e robustez seriam compensados com o baixo consumo de combustível.

Já no caso dos modelos híbridos, seriam mais adequados para motoristas que fazem percurso na cidade em baixa velocidade, utilizando mais o motor elétrico com relação ao motor a combustão e possibilitando assim, economia no consumo de combustível.