Porto São Luís vai gerar 5 mil postos de trabalhos na Ilha
Presidente do Porto São Luís, Helder Dantas, confirmou que os chineses continuam no projeto de construção do Porto São Luís que deve entrar em operação até meados de 2025.
O projeto do TUP Porto São Luís continua em andamento e agora mais fortalecido pela nova estrutura societária e com novo escopo definido de cargas e projetos. As tratativas para a compra do Porto São Luís, localizado na capital maranhense, com o Grupo Cosan iniciaram na semana passada. A previsão é que o porto esteja em plena operação até meados de 2025. A informação foi confirmada durante entrevista a O Imparcial por Helder Dantas, presidente do Porto São Luís.
O negócio é estimado em R$ 700 milhões e deve ter mais de 1 bilhão de reais, oriundos de fundos de investimentos, para a primeira fase do projeto e marca a entrada da Cosan no ramo de escoamento em minério de ferro. “A Cosan é um dos maiores grupos empresariais do Brasil que vai passar a ser acionista do Porto São Luís, com a possibilidade de chegar a 100% das ações do projeto. E com isso, fecha o ciclo de reestruturação e reorganização que o porto iniciou em janeiro do ano passado. De fato isso vai acelerar os investimentos do projeto que deve entrar em operação até 2025”, ressaltou Helder Dantas afirmando que as atividades locais do Porto São Luís continuam acontecendo normalmente e com a mesma equipe de gestão.
Questionado sobre o número de postos de trabalho que as obras do Porto São Luís vai gerar direta e indiretamente, Thomaz Baker, o gerente de obras do porto, que estava acompanhando Helder Dantas, informou que há uma expectativa muito forte com relação à criação de cinco mil postos de trabalhos. “Serão 5 mil empregos diretos e indiretos gerados não somente na obra, mas entre as empresas terceirizadas que vão também agregar nesse aspecto”, explicou o Baker.
A operação de venda do Porto São Luís está sujeito ainda ao cumprimento de questões burocráticas e aprovações regulatórias, além de aprovações societárias da CCCC, assim como das aprovações das autoridades chinesas. Esse processo deve ser concluída somente no final deste ano de 2022.
“Na verdade a gente tem o processo de continuidade do Porto São Luís. Houve essa organização societária com a CCCC como são conhecidos os chineses no Maranhão. Eles permanecem no projeto de duas maneiras: a CCCC pode permanecer como acionista do projeto, e hoje detém 51% das ações e se chegar a um entendimento de vender a sua participação como faz parte da proposta que a Cosan fez, eles permanecem responsáveis por toda parte de engenharia e produção, uma vez que a CCCC é uma das empresas que tem experiência de construção portuária marítimas do mundo. Então em quaisquer cenário temos a Cosan como acionista ou 49% ou com 100% e a CCCC permanecendo no quadro societário ou participando de toda a parte de engenharia e construção. Ou seja os chineses permencem no projeto para que o projeto siga o seu curso natural para que entre em operação”, explicou Helder Dantas.
Helder Dantas, lembrou que não existe desenvolvimento sem impactos, mas quando estão alinhados a visão moderna com os valores ESG (Meio Ambiente, Social e Governança). Além de protagonizar um indutor de desenvolvimento para o Maranhão, seja promovendo ações sociais extras, seja viabilizando parcerias em benefícios do estado e da comunidade.
“Nós temos uma série de contrapartida sociais e ambientais fruto desse grande investimento. Por exemplo, nós estamos começando agora uma reta final de aprovações junto aos órgãos públicos de uma construção de uma delegacia de policia civil. Essa infraestrutura pública vai melhorar a segurança publica para toda essa comunidade. Ainda teremos a construção de uma escola, da creche, posto de saúde e todos os programas sociais e ambientais”, ressaltou Helder Dantas.
Vale ressaltar que no Maranhão, o grupo Cosan, por meio da empresa Raízen, implantou terminal de distribuição de combustíveis na retroárea do Porto do Itaqui, empreendimento que contou com apoio do Governo do estado, por meio da Seinc, com um investimento de R$ 200 milhões, reduzindo custos de logística e beneficiando diretamente o abastecimento no Maranhão, Amazonas, Piauí, Pará, Tocantins e Mato Grosso.