Memória 11 de setembro

20 anos do ataque às duas torres nos EUA

O 11 de setembro foi o dia em que quatro aviões foram sequestrados por 19 terroristas para atacar edifícios emblemáticos do poder econômico, político, militar e cultural dos Estados Unidos

Imagens que mesmo após 20 anos ainda são frescas na memória de quem acompanhou o maior atentado em solo americano da história.

No dia 11 de setembro de 2001 o mundo parou diante das imagens da televisão para assistir incrédulo, ao vivo, um ataque terrorista que deixou quase 3 mil mortos e milhares de feridos. Uma manhã que fez com que o mundo visse, perplexo, o terror, a morte, a maldade. Imagens que mesmo após 20 anos ainda são frescas na memória de quem acompanhou o maior atentado em solo americano da história.

O 11 de setembro foi o dia em que quatro aviões foram sequestrados por 19 terroristas para atacar edifícios emblemáticos do poder econômico, político, militar e cultural dos Estados Unidos. Os ataques começaram às 8h46 horário local. Dois aviões foram arremessados contra as Torres Gêmeas, em Nova York. Um terceiro avião foi jogado contra o Pentágono, na Virgínia, e o quarto, caiu sobre um bosque na Pensilvânia, às 10h03.

Os quatro ataques, planejados e executados pela rede terrorista Al-Qaeda, comandada por seu fundador, o saudita Osama Bin Laden (1957-2011), deixaram um saldo de 2.977 mortos e quase 7 mil feridos.

Juntos, os quatro ataques, planejados e executados pela rede terrorista Al-Qaeda, comandada por seu fundador, o saudita Osama Bin Laden (1957-2011), deixaram um saldo de 2.977 mortos e quase 7 mil feridos.

O terror está na memória, claro que para quem estava lá e sobreviveu, mas também para quem acompanhou. Perguntamos para algumas pessoas o que elas estavam fazendo naquele fatídico dia e qual sua reação quando acompanhou o atentado. Eu estava de folga do jornal, e estava fazendo afazeres domésticos. A televisão estava ligada quando o plantão da TV Globo entrou mostrando já os efeitos do primeiro ataque e transmitiu ao vivo o segundo atentado. Eu fiquei perplexa.

O 11 de setembro foi o dia em que quatro aviões foram sequestrados por 19 terroristas para atacar edifícios emblemáticos do poder econômico, político, militar e cultural dos Estados Unidos

No jornal O Imparcial a correria foi geral. O Superintendente de Produção e Conteúdo, Célio Sergio, contou que estava passeando na Rua Grande quando foi chamado pelo então Diretor de Redação, Gilmar Correia, para voltar urgente para a redação. Aliás, não só ele, mas todos os jornalistas, diagramadores, gráficos, que não estavam na redação naquele momento, tiveram que ir para o jornal naquela manhã. O assunto rendeu a última edição extra do jornal. “Lá na Rua Grande mesmo eu parei para ver a televisão e saber o que tinha acontecido, aí voltei para o jornal para fazermos uma edição extra. Fizemos um caderno de 4 páginas sobre o atentando ao World Trade Center, que às 14h já estava nas bancas. A capa foi ‘Ataque ao Tio Sam’, e no dia seguinte o jornal saiu com a repercussão dos fatos”, lembra Célio Sérgio.

A produtora cultural Marcia Carvalho relatou que estava trabalhando na hora. “Estava na AMARTE e assisti tudo em tempo real numa Internet, que na época era discada. Foi aterrorizante porque minha mãe estava no Rio de Janeiro assistindo e começou a passar mal no telefone comigo, e eu impotente a tudo. Só sei que comecei a rezar”, lembrou.

A jornalista e advogada Lissandra Leite contou que também acompanhou tudo ao vivo. “Eu tinha dado banho em Pedro, bebezinho com menos de um mês, dei de mamar e coloquei ele no berço. Me sentei na poltrona, liguei a TV e vi o avião mergulhando na torre. Foi bem chocante. Lembro bem os detalhes”.

Fizemos um caderno de 4 páginas sobre o atentando ao World Trade Center, que às 14h já estava nas bancas. A capa foi ‘Ataque ao Tio Sam’, e no dia seguinte o jornal saiu com a repercussão dos fatos

O também jornalista Zema Ribeiro achou a princípio que se tratava de um game. “Tava chegando no Banco do Nordeste, onde trabalhava à época, vi as imagens na tevê sem som e pensei que algum programa passava alguma espécie de game. Comentários duraram o dia inteiro e no fim do expediente sentamos na calçada do bar Corrente das Flores, vulgo Bacana, de saudosa memória (o bar, o antigo proprietário segue vivo), e tomamos a grade de cerveja mais rápida da minha vida”, lembrou.

O terror está na memória, claro que para quem estava lá e sobreviveu, mas também para quem acompanhou.

O administrativo Leonardo Vieira tinha 17 anos e estava assistindo Dragon Ball Z, quando o mesmo foi interrompido pelo plantão da Globo. Naquela época, o programa infantil Bambuluá era apresentado por Angélica.

Mês marca outros fatos

O atentado aos Estados Unidos não foi o único episódio que marcou o dia 11 de setembro no mundo, em outras épocas. O portal Aventuras na História (aventurasnahistoria.uol.com.br) relembrou outros fatos que acabaram ofuscados tamanha a tragédia contra os EUA.

  1. Golpe no Chile –  O governo de Salvador Allende, primeiro presidente socialista chileno eleito por voto popular, em 1970, terminou antes do previsto. Em 11 de setembro de 1973, sob o comando do general Augusto Pinochet, tanques e aviões cercaram o palácio de La Moneda, sede do governo, em Santiago, e abriram fogo para consumar o golpe de Estado apoiado pelo serviço secreto norte-americano.
  2. Guerra na Alemanha nazista –  Uma das primeiras ações das tropas aliadas contra a Alemanha nazista, durante a Segunda Guerra Mundial, ocorreu entre 11 e 12 de setembro. Na cidade alemã de Darmstadt, a data é lembrada até hoje com pesar – os aviões da RAF (Real Força Aérea) britânica bombardearam o local em 1944 e deixaram como resultado  mais de 10 mil mortos. Além disso, o ataque aéreo provocou quase a destruição total do centro antigo e transformou mais de 70% das construções da cidade em pó.
  3. EUA perdem batalha – Em 1777, o Exército Continental, liderado por George Washington, levou uma sova dos ingleses de William Howe numa das lutas após a independência. A Batalha de Brandywine foi a mais longa do conflito: durou das 10h da manhã até as 16h30 do dia 11.
  4. Carandiru abre as portas – A Casa de Detenção do Carandiru foi inaugurada em São Paulo pelo prefeito Jânio Quadros em 11 de setembro de 1956. Projetada para abrigar presos à espera de julgamento, comportava 3.250 pessoas.
  5. Morte de Peter Tosh  – Em 11 de setembro de 1987, três homens invadiram a casa do cantor Peter Tosh, difusor do ritmo e da cultura do reggae e ex-parceiro de Bob Marley. Outros dois colegas do artista também foram mortos.
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