Pânico

“Atrocidade sem tamanho, cenário de guerra”, relata maranhense que vivenciou ataques em Araçatuba (SP)

O comunicólogo Daniel Cordeiro Santos, de 33 anos, que mora na Vila Industrial, bairro da região central, conta sobre o momento dos ataques a agências bancárias na cidade paulistana.

O maranhense Daniel Cordeiro Santos, de 33 anos, mora próximo ao local onde foi realizada a ação criminosa em Araçatuba (SP). (Foto: Reprodução/Instagram)

Na madrugada dessa segunda-feira (30), criminosos fortemente armados atacaram duas agências bancárias no Centro de Araçatuba, município do Estado de São Paulo. A ação, que iniciou por volta da meia-noite e durou até às 2h da manhã, foi divida entre ataques às agências, tiroteio e fuga. 

Em entrevista ao O Imparcial, o maranhense Daniel Cordeiro Santos, de 33 anos, que mora na Vila Industrial, bairro da região central de Araçatuba, disse que viveu momentos de pânico, mesmo estando dentro de sua residência. Assista abaixo.

Daniel Cordeiro, que é comunicólogo, conta que, inicialmente, achava que o barulho se tratava de fogos de artifícios, mas quando percebeu que não havia nenhuma movimentação no céu, se deu conta de que se tratava de tiros.

“O barulho era muito próximo daqui de onde eu moro, e não dava para ver movimentação nenhuma na rua. Foi quando começaram as explosões e o uso de metralhadora, aquele barulho de tiro em repetição”, relata o comunicólogo.

Daniel Cordeiro afirma que nunca tinha vivenciado isso em sua vida. “Até o primeiro momento você não sabe se é tiroteio mesmo, se é tiro para o alto, o que está acontecendo”, descreve o maranhense.

O comunicólogo conta, ainda, que a alão criminosa “mostra o qual coordenado, organizado, foi o ataque deles [criminosos] às agências, pois eles tomaram a cidade, era em todo canto, pessoas sendo feitas de escudo humano nas ruas e nos carros”.

“Atrocidade sem tamanho, cenário de guerra que eu nunca vi na minha vida, estou muito triste, pois é uma cidade que me dá sensação de segurança muito grande, uma cidade organizada”, expressa Daniel Cordeiro.

Investigação

Agência da Caixa Econômica Federal ficou completamente destruída após ataque. (Foto: Arquivo Pessoal)

Até o fechamento desta matéria, quatro pessoas haviam sido presas suspeitas pelo crime. De acordo com a Polícia Federal (PF), que está comandando a investigação, um homem foi preso na manhã desta terça (31), a 450 quilômetros de distância do mega-assalto.

Segundo a PF, o suspeito foi detido por policiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) e encaminhado a sede da Polícia Federal em Araçatuba.

O homem é a quarta pessoa presa até o momento. Um suspeito detido, ainda nesta segunda, foi ouvido e liberado. Um casal segue preso por suspeita de envolvimento no crime.

Pelo menos 20 criminosos participaram da ação criminosa, que resultou em três mortes e cinco feridos, um deles em estado gravíssimo depois que teve os pés amputados por explosão de bomba.

Ainda durante a ação criminosa, veículos foram queimados em vários pontos de Araçatuba e e região para impedir a chegada da polícia. Drones também foram usados pela quadrilha para monitorar a ação da Polícia Militar.

O grupo criminoso espalhou explosivos por vários pontos de Araçatuba. A polícia identificou 20 locais com os artefatos e policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foram acionados para fazer uma varredura dos explosivos espalhados pela cidade. Até a manhã desta terça, 16 artefatos tinham sido desarmados.

A região central segue interditada. A Prefeitura de Araçatuba manteve a suspensão das aulas para hoje e alterou a rota dos ônibus para evitar circulação de pessoas no centro.

Com informações do G1 Rio Preto e Araçatuba*

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