NO MARANHÃO

Hoje é comemorado o Dia da Comunidade Italiana

No Maranhão, segundo Luca, moram pelo menos 400 italianos, mas o número de descendentes é bem maior.

Reprodução

Luca Palmieri veio a São Luís como turista em 2007. Aqui, conheceu a mulher que seria sua esposa e juntos retornaram à Itália. Lá, casaram-se e decidiram vir morar no Brasil, mais especificamente em São Luís, em 2010. Luca, de 49 anos, é um dos 400 italianos que formam, ao lado de seus descendentes, a comunidade italiana no Maranhão, que celebra neste 2 de junho, o Dia da Comunidade Italiana no calendário oficial do Estado do Maranhão, por meio de lei sancionada em 2017, pelo governador Flávio Dino.

Desde então, todos os anos a data era celebrada com pompa e circunstância, este ano, pela segunda vez, por força da pandemia causada pela Covid-19, a celebração não será com festa, mas haverá uma cerimônia na Prefeitura de São Luís, onde será lembrada a importância da comunidade italiana no Estado do Maranhão. A professora Gabriella Buonocore cantará o hino italiano durante a cerimônia.

Segundo a coordenação da programação, haverá também uma homenagem aos Pracinhas maranhenses, os militares da FEB (Força Expedicionária Brasileira) que, na segunda guerra mundial, ajudaram a Itália na libertação do fascismo. O tributo será realizado na praça dedicada a eles no bairro da Camboa, será tocado o Silêncio e colocada uma coroa de flores. À tarde, às 18h, haverá um webinar sobre a história, passado e presente, dos italianos no Maranhão, com a participação do professor Mario Cella.

“Eu escolhi São Luís”

A escolha por uma mudança de vida foi o que trouxe Luca, personagem dessa reportagem, até São Luís. Nascido na Cidade de Gênova, por onde morou por quase 40 anos, era jornalista, na Itália, mas as coisas não estavam muito boas nessa área. Depois do casamento, decidiu que ia mudar de vida e a mudança começou com a vinda do casal para o Brasil, para morar em São Luís, pois sempre gostou de morar próximo do mar. “Minha esposa é daqui, e eu decidi que ia mudar. Estudei, trabalhei como guia turístico, me formei, e hoje trabalho acompanhando italianos na Rota das Emoções. O trabalho está parado agora, mas aguardamos retornar. Gosto do clima, da praia, da parte antiga da cidade. Do jeito do povo, que é diferente do que tem na Itália”, disse. Luca está escrevendo um guia turístico do Maranhão, em português e italiano, com  a professora de Antropologia Luísa Faldini, que professora dele em Genova e agora mora em São Luís também.

No Maranhão, segundo Luca, moram pelo menos 400 italianos, mas o número de descendentes é bem maior. A primeira expedição de italianos, ocorrida em 1874, a bordo do Vapor Sofia, no Brasil, contava com 380 famílias.

Era o início da grande migração, onde hoje vive uma população calculada entre 30 milhões de descendentes. A lei nº 11.687, de 2 de junho de 2008, instituiu oficialmente o Dia Nacional do Imigrante Italiano no calendário de todo o território brasileiro com o objetivo de homenagear os descendentes dos imigrantes italianos.

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