Deputado Yglésio Moisés solicita “Vacinamóvel” para bairros carentes
Deputado solicitou à Prefeitura de São Luís o transporte para levar a vacina contra a covid-19 aos bairros mais carentes e distantes dos centros de imunização.
Em meio aos problemas de locomoção de grande parte da população da Ilha, o deputado estadual Yglésio Moyses (PROS) solicitou à Prefeitura de São Luís o uso de um “Vacinamóvel”, para levar as doses da vacina contra a covid-19 aos bairros mais carentes e distantes dos centros de imunização.
Hoje, a capital conta com 9 pontos de vacinação instalados, sendo três localizados dentro de uma mesma região: Multicenter Sebrae, UNDB (Ginásio) e Drive-thru Ceuma Renascença. A atual divisão geográfica dos pontos dificulta o acesso dos mais pobres à vacina, já que por conta da distância, falta dinheiro para pagar as passagens do ônibus, o que acaba prejudicando a vacinação dessas pessoas.
No cenário atual, as pessoas em vulnerabilidade socioeconômica estão tendo que optar entre comprar alimento ou fazer outras coisas – se vacinar acaba sendo uma delas. Yglésio afirma que o ‘Vacinamóvel’ pode reverter essa situação, chegando mais perto das pessoas.
“Hoje, uma das maiores dificuldades dessas pessoas é conseguir sair de casa pra tomar a vacina. Com a distância dos pontos de vacinação, isso fica ainda mais complicado. A gente precisa ir atrás das pessoas nos grotões. Já que a gente tem uma dificuldade de fazer as estruturas dos postos de saúde funcionarem, que a gente utilize o Vacinamóvel, que foi uma indicação nossa. Mandei isso para o estado e para o município de São Luís, pra gente chegar mais próximo das pessoas”, destacou o parlamentar.
Desigualdade na vacinação
Em um artigo recentemente publicado, de autoria da defensora pública Clarice Binda, foram divulgados dados percentuais sobre a vacinação entre os bairros da capital, destacando a desigualdade na vacinação local. Até o dia 10 de junho, a área nobre da cidade, onde se concentram os principais pontos de vacinação, a taxa de pessoas vacinadas supera os 70%. A Cidade Olímpica, no mesmo período, tinha somente 14% de sua população vacinada.
A desigualdade apresentada no processo de vacinação pode ser superada com a aplicação de políticas públicas em saúde capazes de possibilitar o acesso de quem mais precisa da vacina, que são os mais vulneráveis e que vivem nos bairros mais distantes.
A desigualdade apresentada no processo de vacinação pode ser superada com a aplicação de políticas públicas em saúde capazes de possibilitar o acesso de quem mais precisa da vacina, que são os mais vulneráveis e que vivem nos bairros mais distantes.