BRASIL

Curiosidades sobre o Descobrimento

Hoje é comemorado o Descobrimento do Brasil, mas apesar de ter ocorrido há 521 anos ainda há muitas curiosidades obscuras acerca deste momento histórico.

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Hoje é comemorado o Descobrimento do Brasil, mas apesar de ter ocorrido há 521 anos ainda há muitas curiosidades obscuras acerca deste momento histórico.

Portugal ameaçou enviar uma frota à região descoberta por Colombo (atuais Américas Central e do Norte), e a Espanha lhe propôs discutir um acordo sobre as terras a descobrir. Essa foi a origem do Tratado de Tordesilhas (7 de junho de 1494). Duarte Pacheco Pereira, nomeado “Cavaleiro da Casa Real”, participou como negociador português. Reivindicou para Portugal as terras que fossem descobertas a até 370 léguas a oeste de Cabo Verde. Historiadores sustentam a hipótese de Duarte Pacheco ter sido o verdadeiro “descobridor do Brasil”, em 1498, viajando em segredo.

O único registro desse feito é um trecho obscuro do livro “Sobre os Mares do Mundo”, escrito pelo próprio Pacheco entre 1505 e 1508. Nesse relato, ele conta que, em 1498, explorou a “parte ocidental” do Oceano Atlântico, encontrando “uma grande terra firme, com muitas ilhas adjacentes” e coberta de “muito e fino brasil”. Isso reforça a tese de que a viagem de Pedro Álvares Cabral tenha sido uma operação arquitetada pela Coroa portuguesa, dois anos depois da verdadeira descoberta, para formalizar a posse das terras.

Em 26 de janeiro de 1500 (mais de três meses antes do descobrimento oficial do Brasil), o navegador espanhol Vicente Pinzón teria chegado a um novo território no além-mar, desconhecido pelos reinos de Portugal e Espanha.

Pinzón partiu em novembro de 1499 do Porto de Palos e, em sua jornada pelo Atlântico, passou pelas Ilhas Canárias e Cabo Verde. Veterano explorador que comandou a caravela Nina na descoberta da América, em 1492, Pinzón disse que seguiu viagem ao largo de um litoral com poucas baías seguras para ancoragem e desembarque.

Quando enfim conseguiu chegar à terra, o espanhol e seus homens enfrentaram a fúria dos índios. “Mataram oito dos nossos soldados e mal houve um que não tivesse sido ferido”, descreveu. O local seria Cabo de Santo Agostinho, no litoral pernambucano. Ele costeou o litoral até a foz do Rio Amazonas, descoberta por ele. Ali, encontrou-se com outro espanhol, Diego de Lepe, e juntos avançaram até o rio Oiapoque.

Pedro Álvares Cabral saiu da praia do Restelo, em Lisboa, ao meio-dia do dia 9 de março de 1500, uma segunda-feira. Ele tinha 32 anos. Trouxe um total de 1500 pessoas, que vieram em 10 naus e 3 caravelas. A nau capitânia, comandada por Cabral, tinha capacidade para 250 tonéis. Ao todo, havia 190 homens a bordo. Uma das naus desapareceu no dia 23 de março de 1500. Era a comandada por Vasco de Ataíde e tinha 150 homens.

Os outros barcos fizeram dois dias de buscas, mas nada encontraram. A viagem levou 44 dias. No dia 22 de abril de 1500, Cabral ancorou em frente ao Monte Pascoal, na Bahia, a 36 quilômetros do litoral brasileiro.

Pedro Álvares Cabral recebeu 10 mil cruzados pela viagem. Cada cruzado valia 3,5 gramas de ouro. Ele ainda ganhou o direito de transportar 30 toneladas de pimenta gratuitamente no navio. A Coroa se comprometia a comprar o produto pelo preço de mercado em Lisboa (sete vezes mais alto do que nas Índias). Cada marinheiro poderia trazer 600 quilos de pimenta e fazer o mesmo. Entretanto, poucos voltaram. Além da nau que desapareceu e da outra que voltou a Portugal com a notícia do descobrimento, outras seis afundaram. Das treze, portanto, apenas cinco conseguiram retornar para casa.

Em 26 de abril de 1500, mais precisamente num lugar conhecido por Coroa Vermelha, foi rezada a primeira missa em terras brasileiras. Era o primeiro domingo após a Páscoa, conhecido como Pascoela. Havia um total de oito frades na frota de Cabral, liderados por frei Henrique de Coimbra. Cabral levava uma imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança, colocada numa capela especialmente construída no convés de sua embarcação.

No dia 6 de maio de 1500, o astrônomo da frota de Pedro Álvares Cabral registrou a latitude da Baía de Cabrália, atual Porto Seguro. Este o documento é considerado o trabalho cartográfico mais antigo do Brasil.

A primeira certidão de batismo do Brasil pertenceu a Kathérine du Brésil, mulher de Diogo Álvares, o náufrago Caramuru. O documento data de 29 de julho de 1520 e foi descoberto na cidade francesa de Saint Malo.

Quem foi Pedro Alvares Cabral?

Pedro Álvares Cabral nasceu no vilarejo de Belmonte, a 380 km de Lisboa, em 1467 ou 1468 (o ano é incerto). Assim, ele teria entre 32 e 33 anos quando “descobriu” o Brasil, em 1500

A lenda conta que a família Cabral é descendente de Carano, o primeiro rei da Macedônia, que governou a região por volta do ano 1100 a.C. Carano, por sua vez, seria descendente de ninguém menos que o semideus Hércules!

Apesar da linhagem nobre que possuía, Cabral recebeu o título de Moço Fidalgo do rei D. João II, quando tinha apenas 17 anos

Segundo consta, Cabral era inteligente, generoso, humilde e bastante educado, mesmo com inimigos. Porém, ele também é descrito como extremamente vaidoso e com uma gana sem limites para provar seu título de nobreza

Como navegador, ele trouxe muitas riquezas a Portugal, virando capitão-mor em 1500, pouco antes do “descobrimento do Brasil”

Além das conquistas comerciais, as intenções da coroa portuguesa e de Cabral eram de expandir as crenças católicas e impedir que os mouros conseguissem implementar suas crenças muçulmanas

Em 9 de março de 1500, por volta do meio-dia, Cabral zarpou de Lisboa supostamente com destino à Índia, contornando a África – Vasco da Gama, outro célebre navegador, ajudou Cabral com dicas valiosas

Em 23 de março, uma das naus da frota de Cabral afundou na costa da África, vitimando mais de 150 marinheiros

Cabral desembarcou na nova terra em 22 de abril de 1500. O primeiro local avistado recebeu o nome de Monte Pascoal, já que eles estavam no período da Páscoa. Esse monte tem 536 metros de altura e fica próximo à cidade de Itamaraju (BA).

Pedro Álvares Cabral não teve reconhecimento imediato de suas descobertas: passou mais de três séculos, até D. Pedro II investigar a história do Brasil, para ele saber a importância de Cabral para o nosso país

O próprio D. Pedro II levantou a hipótese de a “descoberta” do Brasil não ter sido acidental, com Cabral sabendo que poderia existir alguma terra inexplorada a oeste da África

A causa da morte de Cabral não é muito certa, mas acredita-se que tenha sido de malária, em 1520 – ele estaria com pouco mais de 50 anos.

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