Caso Laura Orlandi: pai se defende de acusações de maus-tratos à menina de 3 anos
Ao O Imparcial, Cristiano Orlandi contou sua versão do caso.
Na última semana, o caso Laura Orlandi repercutiu nas redes sociais. Tatiana Mari da Silva, mãe da menina de apenas 3 anos, criou um perfil no Instagram para denunciar maus-tratos e abusos sexuais que a criança sofre na casa do pai. Ainda na internet, após tomarem conhecimento do caso, os internautas passaram a usar a tag #JustiçaPorLauraOrlandi.
Saiba mais: Caso Laura Orlandi: denúncia de maus-tratos à menina de 3 anos repercute nas redes sociais
Ao O Imparcial, Cristiano Orlandi, pai de Laura, contou sua versão do caso. Ele explica sobre os vídeos compartilhados nas redes sociais, que mostram a menina desesperada ao ser deixada com ele, se defende das acusações de maus-tratos e comenta sobre seu enteado, de apenas 5 anos, acusado por Tatiana de abusos sexuais contra sua filha.
“A Tatiana pratica alienação parental com a minha filha, de modo que ela fique assustada e com medo na hora de ir para a casa de um homem mau, que vai maltratá-la, e que a tirou da mãe com a ajuda da polícia (o que a Laura ouve o dia todo e minutos antes da devolução, e durante as chamadas de vídeo gravadas entre mãe e filha). E, se puderem avaliar, todos os vídeos postados são de dois dias apenas, isso sem contar que a Laura tem 3 anos e presencia a mãe chorando e se recusando a entregá-la ao pai. Mas posso garantir que minutos depois, ela já está feliz e sorrindo, relaxada, brincando. Destaco que não há esforço da mãe para preservar o emocional da filha nos momentos de entrega; ela prefere criar um espetáculo para poder filmar em vez de tentar reduzir o estresse da menina nessas situações”, afirma o pai de Laura Orlandi.
Sobre as denúncias de maus-tratos e abusos sexuais, Cristiano Orlandi garante que não há possibilidade de acontecerem, tendo em vista que seu enteado tem apenas 5 anos e sua esposa se dá bem com a criança. O pai de Laura diz, ainda, que sua companheira se dedica a a criança de forma incansável, além de terem uma relação positiva e amorosa.
“O primeiro ponto sobre essa declaração é que meu enteado tem cinco anos de idade; o segundo é que as crianças estão sempre sob a supervisão de adultos, ou seja, isso é humanamente impossível. Além disso, a Tatiana tem um histórico de inventar motivos para que eu perca a guarda da Laura, e de desqualificar minha companheira e meu enteado, induzindo a Laura a pensar que não são “nada” dela, que ela tem uma única irmã, etc. Sempre houve um esforço para que a Laura pensasse e falasse mal deles e de mim, por parte da Tatiana. Isso contrasta com o que ocorre de fato aqui em casa, onde a Laura é muito amada por todos. Além disso, a relação entre as crianças é absolutamente normal. Eles brincam e brigam como qualquer criança de 3 e 5 anos, sempre vigiados por adultos, e são muito companheiros. Enfim, eu fui resgatar a minha filha, que morava com a mãe por comum acordo, sendo absolutamente ilógico permitir que ela recebesse maus tratos de enteado ou madrasta”, afirma Cristiano.
Sobre as acusações, o pai de Laura garante que vai tomar todas as medidas cíveis e criminais possíveis para proteger a honra de sua filha, do seu enteado e de sua esposa, que estão sendo fortemente atacados na internet e será algo que ficará para sempre na história da vida deles.
“O estrago que essa exposição nas redes sociais, carregada de inverdades, causou na minha família é imensurável. Somos ameaçados de todas as formas. Encontro forças para seguir num único objetivo, que é muito claro: o bem-estar e a dignidade da minha filha. Nunca pensei que as coisas fossem tomar essa proporção. Eu sempre tive receio das atitudes da Tatiana, que desde o começo fazia escândalos, me ligava centenas de vezes, aparecia no meu trabalho de repente e já demonstrava um comportamento abusivo. Mas usar a Laura Laura como meio para me prejudicar, envolver uma criança de cinco anos, meu enteado, isso eu nunca imaginei. Só espero que isso acabe logo e que minha filha seja preservada”, expressa Cristiano.
Ainda entre as acusações de Tatiana, ela afirma que, por ser advogado, Cristiano influencia na definição da guarda da criança.
“Em julho de 2019, eu fui procurado por vizinhos da mãe, contando que precisava retirar Laura, do ambiente promíscuo que ela vivia. Imediatamente, fui ao conselho tutelar e descobri outra denúncia de meses atrás de maus tratos à minha filha, em virtude disso, dias depois eu fui chamado para ficar com a guarda unilateral, mas estranhamente, no momento de se concretizar, os conselheiros mudaram de ideia e deixaram a menina com a mãe. Já no processo judicial, se eu fosse influente como ela disse, não teria esperado por 14 meses uma decisão judicial sobre o pedido de guarda e que ainda foi negativa. Só depois, com um recurso, o tribunal retirou a guarda da mãe, pelo perigo que isso representava”, conta o pai de Laura.
No tribunal, o processo da guarda aguarda julgamento, com parecer favorável do guardião dos interesses das crianças, o Ministério Público Estadual. No fórum, já foi feito um relatório pelo setor de psicologia forense do Poder Judiciário e um estudo social com todos os envolvidos.
“Agora será feito um estudo social na minha casa. Ainda fazendo parte de todo o trâmite, é possível a designação de novas perícias, inclusive psiquiátrica. E também haverá a coleta de depoimentos pessoais das partes e de testemunhas. Encerrada a produção das provas, partes e promotoria de justiça farão suas razões finais e advirá sentença do juiz”, diz Cristiano.