Oração no Monte: mais perto do céu
Duna é utilizada há mais de 5 anos como espaço religioso para a prática de louvor, orações e testemunhos de fé, com a realização do Culto do Monte
“A paz do Senhor Jesus Cristo. Que Deus abençoe! Que lugar lindo, é muito bom quando estamos na presença de Deus e principalmente num lugar lindo que só em ver sabemos que Deus está presente. Glória a Deus”, disse a cantora Luana Gomes sobre o trabalho que é feito há mais de 5 anos no Culto do Monte.
“Que lugar lindo, é muito bom quando estamos na presença de Deus”
Se você já passou pela Avenida Litorânea, nas proximidades da Casa das Dunas e viu uma quantidade de pessoas lá na duna, no alto, e elas não estavam praticando atividade física, certamente estavam orando e louvando, o que se tornou comum todas as segundas-feiras, há mais de 5 anos, quando os pastores Gilvan Souza, Ribamar Rocha e Ronilson Muniz começaram a realizar o Culto do Monte.
Tudo começou em 2016 quando os três pastores foram ao local para rezar pela família de uma pessoa da igreja, para que a paz se restabelecesse no casamento. Deu tudo certo e decidiram que iam continuar com o trabalho de oração. Desde então, o culto cresceu e já chegou a reunir 150 pessoas em uma única noite.
De acordo com Gilvan Souza, pastor da Igreja Pentecostal Bom Samaritano (Parque Vitória), e que também é terapeuta familiar, a ida ao local, de início, foi para orar pelo casamento do amigo. “Não fomos com intenção de fazer culto, mas depois disso Deus me deu a luz e falou ao meu coração para fazer um culto do monte para orar por todos os líderes religiosos, independentemente de ser evangélico ou católico, e orar também por todas as autoridades do executivo, legislativo, judiciário, de São Luís, do Maranhão e do Brasil. E assim, foi chegando pessoas de diversos lugares para orar. Embora eu seja pastor de uma igreja, lá não tem placa de igreja, então ficou sendo chamado de Culto do Monte”, disse.
Segundo o pastor, eles levam a caixa de som, e oram pelos casamentos, por pessoas que vão lá pedir oração pelos mais diversos motivos e ouvem muitos testemunhos. “O Culto do Monte é um culto de proteção interdenominacional. Todo mundo conhece esse culto, então vários tipos de pessoas vão. Temos uma equipe que se prepara, ora, a gente canta. As pessoas vão voluntariamente em busca de oração”, comenta Gilvan Souza.
O Culto do Monte é um culto de proteção interdenominacional. Todo mundo conhece esse culto, então vários tipos de pessoas vão
Culto precisou parar durante pandemia
Por ocasião da pandemia, o culto precisou dar uma parada para se adequar às determinações sanitárias, mas se restabeleceu, cumprindo as normas e continua sendo realizado sempre às segundas-feiras, a partir das 20h.
Além dos cultos, o pastor e sua equipe também fazem uma vigília uma vez por ano, no dia 6 de setembro. “Aproveitamos esse período que é feriado para fazer a vigília. Amanhecemos orando. Já tivemos 3 ‘vigilões’, que começa às 10h e vai até as 5h da manhã. Geralmente temos em torno de 500 a 600 pessoas por vigília”, informa.
Também durante o período mais crítico da pandemia, o grupo fez um clamor que circulou por quase toda a São Luís em cima de um trio elétrico. Foram dois finais de semana pedindo clamor pelas vítimas infectadas pela Covid-19. O pastor planeja fazer uma carreata depois que a pandemia acabar para louvar a Deus pela vitória que a humanidade vai ter.
Monte de oração
Assim como Jesus e os profetas que faziam suas orações em montes, o Culto do Monte segue o exemplo, ao mesmo tempo que quer proporcionar uma experiência diferente. Mesmo durante o dia, ou em outros dias da semana, é comum a presença de pessoas que vão ali para orar, estar mais perto de Deus.
“Na segunda-feira eu vou para esse culto liderado por mim, mas todos os dias eu estou lá também, assim como outras pessoas que vão ali voluntariamente. Biblicamente falando, os profetas Moisés, Elias, oravam no monte. O próprio mestre. Hoje alguém diz que não é preciso subir para orar. Ora, isso vai de cada pessoa. Na época Jesus também tinha a sinagoga para ele congregar, mas ele não deixou de orar no monte. Os profetas tinham tabernáculo, mas eles não deixaram de orar no monte. O monte para nós é precioso. A gente está livre para buscar Deus, é um encontro totalmente diferente. É uma experiência diferente”.