Considerado um dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional no ano de 2020 pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (PTB), vem conquistando espaço na Câmara Federal como um bom articulador político em pautas importantes para o Maranhão. Pedro Lucas Fernandes teve papel importante na aprovação do Acordo de Salvaguardas de Tecnológicas que permitiu o uso do Centro de Lançamento de Alcântara pelos Estados Unidos, além de fortalecer a legenda do partido nas eleições de 2020 aumentando o número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos municípios maranhenses. Em entrevista a O Imparcial, o jovem parlamentar fez uma avaliação sobe o desempenho do PTB dentro e fora do estado, além de revelar como a legenda está se posicionado com relação as eleições de 2022 entre outros assuntos.

Confira a entrevista na íntegra

O senhor foi um dos mais ativos articuladores da aprovação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas que permitiu o uso do Centro de Lançamento de Alcântara pelos Estados Unidos. Com a eleição de Joe Biden nos EUA existe algum tipo de possibilidade desses acordos serem revistos?

Certamente não. É um acordo que passou tanto pelo congresso brasileiro, quanto pelo dos Estados Unidos. Creio que o novo presidente dos EUA terá interesse em fortalecer e desenvolver o setor aeroespacial em parceria com o Brasil. O CLA tem a melhor localização mundial para lançamentos e tenho certeza que é uma parceria importante para ambos.

O senhor também foi apontado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), como um dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional no ano de 2020. Na sua opinião este reconhecimento deve-se a que?

Assumi o cargo de deputado federal com muita responsabilidade e sempre tive em mente que a palavra empenhada e a palavra cumprida são muito importantes. Busco manter minhas posições de maneira transparente. Foi desta forma que me posicionei durante os dois anos que estive na liderança do PTB na Câmara Federal.

O PTB registrou em todo o Brasil um total de 23.571 candidaturas para as eleições municipais de 2020, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como foi o desempenho do partido no Maranhão tanto na capital quanto no interior do estado?

O PTB saiu com um resultado muito bom das eleições. Dobramos o número de prefeitos, de 7 para 14. Tínhamos 3 vice-prefeitos, agora temos 11. Saltamos de 71 vereadores para 134. Com esse resultado, o PTB é o sexto partido com melhor desempenho no estado. Esse crescimento é reflexo do comprometimento e do fortalecimento de nossas bases, que sempre pautaram a atuação do partido.

O seu pai Pedro Fernandes também foi eleito prefeito de Arame pela legenda em 2020. Quantos a legenda fez e a que se deve esse desempenho?

14 prefeitos. A atuação dos nossos candidatos nas últimas eleições foi baseada em muito empenho, tanto dos eleitos, como dos que não se elegeram. Em Arame, Pedro Fernandes rompeu com um ciclo de poder que perdurou por 32 anos entre dois grupos. Eu acompanhei muitos municípios nas eleições, e tenho certeza que todos nossos filiados levaram a bandeira do nosso partido, de que a melhor política social é o trabalho. Sou um deputado municipalista, e quero ao lado desses prefeitos, trabalhar pelo desenvolvimento das cidades.

O presente e o futuro no PTB

Nas eleições de 2020, o PTB conseguiu eleger os vereadores Jordão Reis e Marlene Monroe na cidade de São José de Ribamar, o segundo maior colégio eleitoral do estado. Qual a importância deste feito para a legenda do partido?

Assim como Jordão e Marlene em Ribamar, nosso partido conseguiu eleger um bom número de jovens e mulheres em várias cidades do estado. Para o PTB, as bandeiras da juventude e do protagonismo feminino na política sempre foram importantes. Em 2019, recebemos em São Luís, a edição do “Vez, Voz e Voto”, evento organizado pelo PTB Nacional, com o objetivo de fortalecer candidaturas femininas. Com certeza plantamos e colhemos bons frutos nas  eleições.

O senhor deixou de ser líder do PTB na Câmara no ano passado. De que forma essa decisão foi conversada com o presidente Roberto Jefferson e por que isso ocorreu?

Foi algo muito natural e democrático. Todo ano a liderança muda, e graças ao reconhecimento e às boas relações que sempre mantive, fui líder por dois anos seguidos. Foi um período de muito aprendizado, e seguimos trabalhando para melhorar a nossa atuação cada vez mais na Câmara Federal.

O senhor é candidato a deputado federal novamente em 2022?

Sim. Até aqui foram dois anos de muito trabalho. Temos muito o que fazer ainda, principalmente neste ano. Mas eu fico muito feliz com o reconhecimento do papel que estamos desempenhando na Câmara Federal.

De que forma o partido no Maranhão está trabalhando para ter uma representatividade maior tanto na bancada federal quanto na estadual em 2022?

O nosso partido tem crescido muito bem no estado. Na Assembleia Legislativa temos dois grandes representantes, a deputada estadual, Mical Damasceno e o deputado estadual, Pastor Cavalcanti. E como deputado federal, represento o partido no Congresso Nacional. Nosso objetivo é continuar fortalecendo nossas bases, temos bons nomes e no momento certo vamos definir nossos planos para eleições de 2022.

De que forma o partido pretende se posicionar com relação às possíveis candidaturas do vice-governador Carlos Brandão (DEM) e do senador Weverton Rocha (PDT) ao cargo de governador em 2022? Já houve alguma aproximação de ambos os lados?

Antecipar a discussão de 2022 é ruim para o estado. Saímos recentemente das eleições municipais. Acredito que neste momento devemos focar nas ações que serão necessárias para o ano de 2021. Temos muito trabalho pela frente, o maior deles é combater a pandemia e fazer com que o Maranhão volte a crescer economicamente. As questões eleitorais vamos deixar para o momento certo.

E com relação ao governador Flávio Dino (PCdoB) como o partido tem estabelecido esse diálogo para 2022?

O governador Flávio Dino sempre nos respeitou e manteve com o PTB um diálogo aberto e franco. Nosso partido sempre prezou por contribuir da melhor forma possível. No momento certo vamos dialogar sobre 2022. Nossa prioridade para este ano é trazer mais recursos federais.

O senhor quando era líder do partido na Câmara dos Deputados e o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, convidaram o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), para retornar aos quadros petebistas e, em 2022, concorrer à reeleição pela legenda. O senhor pretende declarar apoio ao presidente?

Como líder do partido na época, acompanhei o presidente Nacional do PTB, Roberto Jefferson no momento do convite. Antes de tudo, é uma decisão do presidente Bolsonaro tentar continuar com o partido que quer fundar ou escolher outro.