ELEIÇÕES 2022

Sem unir oposição, Dino disputará o Senado

Governador do Maranhão deve disputar a vaga no Senado Federal e adiar o sonho de brigar pela Presidência da República

Foto: Reprodução

O ano de 2021 para o governo Flávio Dino vai ser desafiador, assim como foi o de 2020, com a pandemia iniciada em fevereiro, as eleições municipais que multiplicaram as demandas do governo no ambiente sanitário e nos esforços para tocar as ações administrativas, mesmo com ele projetando a imagem no âmbito nacional. Este ano não haverá eleição, a pandemia permanece, mas já tem vacina sendo aplicada. Na política, Dino tem pela frente a pré-finalização do governo, que terá de deixar até abril de 2022, para disputar a única vaga de senador, hoje ocupada pelo tucano Roberto Rocha.

No primeiro momento, segundo uma fonte próxima do governador, a prioridade partidária é o PCdoB, cuja legenda, a exemplo de outras 14, não resistirá por muito tempo isolado, em razão da cláusula de barreira. Esse é uma diapasão dentro do qual, Flávio Dino terá que tocar o governo em 2021, ao mesmo tempo em busca ampliar a articulação política para seguir o caminho da fusão do PCdoB com outras legendas do campo de esquerda, ou simplesmente trocar de partido. Essa tese, porém, é pouco provável, já que não existem legendas entre as nanicas de esquerda que não estejam atadas à mesma clausula de barreira, exceto o PT, partido no qual ele iniciou sua militância política na juventude.

Parcerias com os municípios

O governo dinista tem que se preparar para encerrar os dois mandatos, projetar o nome como candidato ao Senado, sem estar em campanha antecipada, acompanhar o desdobramento da política nacional e o que vai acontecer com o PCdoB diante da clausula de barreira, que o obriga a deixar a legenda, levá-la a uma fusão a partidos e continuar tentando influenciar na frente de esquerda para enfrentar Jair Bolsonaro em 2022. No Maranhão, Flávio Dino tem uma megabancada de apoio na Assembleia Legislativa e uma estrutura política disseminada pelo interior com pelo menos 180 prefeitos de partidos que fazem parte de sua base.

Em 2021, segundo a fonte, Flávio Dino quer fortalecer os municipalismo, realizando convênios e colocando a máquina do governo em ação direta nos programas em andamento na parte de infraestrutura, educação, saúde e problemas sociais. Em São Luís haverá sim parcerias com a Prefeitura, “desde que o interesse da população esteja em primeiro lugar”. Os secretários da Casa Civil, Marcelo Tavares e o da Saúde, Carlos Lula já estão dialogando com os secretários de Eduardo Braide, envolvidos no plano municipal de vacinação.

Um dos motivos que Flávio Dino pode desistir do projeto nacional de concorrer à presidência da República é a dificuldade de ele consolidar o projeto de construção da frente de esquerda e centro-esquerda para concorrer ao Planalto. Como o PCdoB é uma legenda pequena demais para um projeto de tamanha envergadura e o PT não admite ir para a disputa presidencial, o governador maranhense vai mesmo concorrer ao Senado e fortalecer o partido com deputados federais e uma bancada forte na Assembleia Legislativa.

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