Tratamento precoce com uso de remédios evita infecção da Covid-19? Checamos!
Em um vídeo que circulou pelas redes sociais, uma mulher afirmava que remédios profiláticos poderiam prevenir infecções ocasionados pela Covid-19
Viralizou nas mídias sociais um vídeo que fala sobre a Covid-19, em que uma mulher afirma que há tratamentos comprovados contra a doença, como remédios profiláticos. Ela ainda alega que o tratamento feito de maneira precoce poderia evitar que uma pneumonia se desenvolvesse no paciente.
No entanto, essas informações são falsas. O professor Fabrício Martins Valois, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) explica que ainda não existe um tratamento eficaz comprovado para o tratamento da Covid-19.
Ele ainda fala sobre o uso da hidroxocloroquina e como a sua possiblidade de uso para controlar a doença não traz evidências: “O tempo passou e o que a gente consegue dizer hoje é que nós não temos nenhuma evidência concreta de benefícios do fármaco”, ele diz.
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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). “os cuidados de suporte ideais incluem oxigênio para pacientes gravemente enfermos e aqueles que estão em risco de doença grave e suporte respiratório mais avançado, como ventilação para pacientes gravemente enfermos”. Além disso, informam que “hidroxicloroquina não demonstrou oferecer qualquer benefício para o tratamento de COVID-19″.
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Além da hidroxicloroquina, o uso de azitromicina e ivermectina também tem sido informado através das redes sociais que poderia trazer resultados contra a Covid-19, mas ainda não há comprovações científicas sobre o assunto.
Sobre a profilaxia, para que fosse evitada a contaminação pelo coronavírus, a mulher no vídeo citado ainda fala que caso a pessoa que ainda não está contaminada ingerisse o remédio, isto iria influenciar para que esta não adquirisse a Covid-19.
Mas um estudo publicado no The New England Journal of Medicine afirma que a hidroxicloroquina não foi capaz de reduzir o risco de contaminação da doença.
Outra pesquisa publicada The Journal of Antibiotics alega que a ivermectina tem efeitos anti-virais in vitro. Enquanto um estudo divulgado pelo governo argentino alega que a análise feita por eles sobre a ivermectina foi sobre um grupo pequeno e ainda não haver publicações oficiais sobre o assunto.
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