CULTURA

Centro Cultural da Vale realizará a primeira edição do Programa Território Corpo

Lançamento do programa Território Corpo é dedicado às danças e à corporeidade negra durante Mês Negro e da Diversidade no Centro Cultural Vale Maranhão

MARIAMA CAMARA VAI MINISTRAR A OFICINA NIMBA DANÇAS DO GUINÉ CONAKRI. Foto: Reprodução.

Centro Cultural Vale Maranhão – CCVM realizará do dia 17, deste mês, a 12/12, a primeira edição do Programa Território Corpo, inteiramente dedicado às artes do corpo.

O programa, criado pelo artista e curador, Calu Zabel, propõe ações que fomentam a experiência do mover e pensar o corpo, a dança, o teatro e a performance no Brasil a partir dos mais diversos territórios: geográficos, afetivos, simbólicos, geracionais, coletivos e autorais.

Por meio de residências, oficinas, rodas de conversa e espetáculos, o programa pretende fomentar trocas entre artistas maranhenses e de outros estados brasileiros. A ação também prevê atividades de formação continuada, que irão acontecer durante todo o ano de 2021, fomentando o encontro entre artistas, estudantes, interessados, e incentivando a criação de grupos na cena maranhense.

Para essa edição, o tema escolhido foi: Entre Brasil e África Negra. A curadoria, compartilhada com Ubiratã Trindade, coordenador do Núcleo Educativo do CCVM, traz rodas de conversas e diversas oficinas, afirmando o corpo negro como um centro criador originário, base para a formação da cultura e da dança brasileira.

Calu Zabel considera que o programa é uma forma de compartilhar e refletir sobre a complexidade e a pluralidade pelas quais se compõem hoje o corpo e as artes do corpo no Brasil: “Cada corpo é um território de poder e de dominação.

A importância em compreender a diversidade desses territórios e seus domínios está na possibilidade de agir sobre os meios de validação, que basicamente são construídos a partir do universo branco, norte-americano e europeu”, afirma o artista.

A primeira edição do programa será desenvolvida online, por meio de quatro mesas de conversa com artistas e pesquisadores nas quais serão discutidos temas importantes sobre o negro e a dança, e uma série de oficinas de danças negras, de diferentes territórios e contextos: dos interiores e centros urbanos do Brasil, regionais e populares às danças urbanas e tradicionais originárias de outros países.

“Temos o desejo de produzir uma espécie de panorama acerca da produção negra em dança. Só o recorte sobre as produções negras pode se desdobrar em diversas edições do Território Corpo. O corpo negro na dança brasileira é uma tônica da cultura.”, destaca Ubiratã Trindade.

Oficinas com artistas de diversos estados

JEFFERSON FIGUEIRÊDO MINISTRARÁ A OFICINA FREVO. Foto: Reprodução.

A programação é composta por 16 oficinas. Foram convidados dançarinos e artistas de diversos estados brasileiros e de outros países, que trazem na bagagem danças de suas culturas regionais e as que se especializaram, a partir de suas pesquisas. As danças contemporâneas e ancestrais baianas irão abrir a série de oficinas do programa.

O dançarino e coreógrafo, Bruno de Jesus (BA), irá ministrar, de 18 a 21/11, das 10h às 11h, a oficina Corpo Ancestral: processos criativos em dança, em que irá trabalhar a ancestralidade negra, africano-brasileira, como caminhos possíveis para pensar danças em diáspora.

Na sequência, de 25 a 28/11, das 19h às 20h, o bailarino e coreógrafo, Luís Deveza (BA) realiza a oficina Dança Afro-brasileira, trazendo conhecimento das danças dos orixás de diversas manifestações culturais e nações (Jeje, Nagô e bantu), além das danças e samba de caboclos.

Já em dezembro, nos dias 09 e 10, das 16:30 às 18h, Vânia Oliveira (BA) ministra a oficina Ara-ìtàn: Dança(s) de Rainhas de Blocos Afro, marco dos concursos de beleza negra do Ilê-Ayê.

As pesquisas de movimento continuam com a artista Tieta Macau (MA), com Rastros e Macumbarias: ConversAções Negras na Cena, de 02 a 05/12, das 10 às 11h, e com a dançarina e pesquisadora, Luciane Ramos (SP), com Corpo em Diáspora, de 09 a 11/12, das 10 às 11h.

O programa ainda traz danças da cultura urbana e de periferia difundidas mundo afora. Nos dias 18 e 19/11, de 16h30 às 18h, Fabi Silva, pesquisadora e referência nacional da cultura jamaicana, ministra a oficina Dancehall, onde irá explorar a potência do movimento na reconexão e empoderamento dos corpos dançantes.

Na sequência, dias 27 e 28/11, das 16h30 às 18h, acontece a oficina de Vogue, com a bailarina e coreógrafa Zaila(SP). Já em dezembro, acontece a oficina Hip Hop Freestyle, ministrada por Marcelo Negão (BH/SP), nos dias 02 e 03/12, das 16:30 às 18h, e Dança Charme, com Jeff Antônio (RJ), dias 04 e 05/12, das 16:30 às 18h, na toada de soul e disco dos 70 e 80.

 

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