CORONAVÍRUS

97% da pandemia de covid-19 pode terminar em junho no Brasil, diz estudo

Apesar de feita com dados oficiais, análise pode não refletir a realidade, já que alta nas mortes por coronavírus indicam forte subnotificação no país

Reuters/ Bruno Kelly/ Direitos Reservados

Um estudo divulgado pela Universidade de Tecnologia e Design de Singapura prevê que o fim da pandemia do novo coronavírus no Brasil deve ocorrer entre junho e agosto deste ano. De acordo com os dados, 97% da pandemia terminará no dia 1 de junho no país, e 100% da situação estaria normalizada em 23 de agosto. A informação foi divulgada no último dia 28.

Contudo, apesar de a análise ter sido feita com base em dados oficiais, o estudo pode não refletir a realidade. Isso porque, no Brasil, a explosão de mortes por doenças respiratórias e de óbitos registrados em cartórios indicam uma forte subnotificação de casos de covid-19.

De acordo com a análise da Universidade, no cenário global, 97% da pandemia deve chegar ao fim em 30 de maio, e em 1 de dezembro deste ano, a situação estaria totalmente controlada.

Na China, local que foi o epicentro da doença, a pandemia acabou no dia 8 de abril. O país asiático já tem os números de contágio estabilizados. Já na Europa, uma das regiões mais afetadas do país, o fim do coronavírus é previsto para agosto. Dia 31, na Itália; 2, na Espanha; 9, na França e 6, na Alemanha.

Como parte da metodologia, o estudo teve como base o modelo epidemiológico SIR, usado no estudo de epidemias, e que considera indivíduos sensíveis (S), infectados (I) e removidos (R). Os considerados sensíveis são as pessoas não infectadas pelo vírus, ou suscetíveis a ele.

Já os infectados são aqueles que foram contaminados e são capazes de transmitir a doença. Por último, os removidos são as pessoas que não têm mais o vírus, seja por imunização ou porque foram a óbito. Uma das principais críticas ao modelo SIR para avaliação das pandemias é exatamente a subnotificação de casos.

Os próprios pesquisadores que realizaram o estudo alertaram que as datas devem ser consideradas com ressalvas, porque há diversas variáveis não previstas na pesquisa e que podem influenciar no tempo de duração da pandemia.

Essas variáveis são fatores como questões demográficas de cada país, a possibilidade de a mesma pessoa ser infectada mais de uma vez pela doença e a taxa de adesão da população às medidas de combate ao coronavírus, como o isolamento social e a quarentena.

Com informações da Exame

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