Ingleses ateiam fogo a torres de 5G por medo do coronavírus
As torres foram incendiadas por causa de teorias de conspiração sobre o vírus
No Reino Unido, as torres de telefone 5G estão sendo incendiadas após a circulação online de algumas teorias da conspiração que vincularam as torres celulares à pandemia do novo coronavírus.
De acordo com a BBC News, pelo menos três torres 5G foram incendiadas na última semana, e a polícia e os bombeiros foram chamados para apagar as chamas.
Segundo a teoria, que não tem nenhum embasamento científico, a pandemia teria se iniciado em Wuhan porque a cidade teria colocado sua rede 5G em funcionamento recentemente. Além disso, é dito também que o o “vírus” não existe e seria um efeito colateral da implantação das redes 5G, que fariam as moléculas de oxigênio do ar vibrarem de forma a serem “sugadas” de nossos pulmões.
A teoria só não levou em consideração que a pandemia se espalhou para países onde não há redes 5G em operação, como o Irã, Japão ou Brasil. Além disso, seria muito mais fácil contê-la se o 5G fosse a causa: bastaria desligar as redes.
No Reino Unido, as principais operadoras de telefonia como Three, EE, Vodafone e O2 emitiram um comunicado conjunto negando a teoria da conspiração e pedindo ajuda dos consumidores para parar com os ataques. Elas lembram que neste momento, com milhões de pessoas trabalhando remotamente e em isolamento social, suas redes são cruciais para a educação, produtividade, comunicação e entretenimento da população.
YouTube
O YouTube decidiu intervir para auxiliar na contenção dos rumores. Vídeos com teorias de conspiração relacionadas à segurança das redes 5G, mas que não mencionem o coronavírus, serão “suprimidos”, através da suspensão de anúncios e de sua eliminação nos resultados de busca da plataforma.
Já vídeos que afirmam haver uma ligação entre o vírus e as redes 5G serão removidos da plataforma, já que violam a política da empresa que não permite a divulgação de métodos não comprovados pela comunidade médica para prevenir ou curar a doença.