Como a pandemia de covid-19 tem afetado o meio ambiente?
Canais de Veneza limpos, animais na cidade, montanhas do Himalaia visíveis depois de 30 anos; veja fotos do impacto da pandemia pelo mundo
Menos liberação de gases poluentes
O número de voos e de carros nas ruas diminuíram significativamente e as indústrias que fabricam bens não essenciais paralisaram ou reduzirem suas atividades. Com isso, a demanda de petróleo e carvão tem sido menor. A queda na utilização de combustível fóssil resulta em menos emissão dióxido de carbono (CO₂) e dióxido de nitrogênio (NO2) na atmosfera.
Nova York, por exemplo, teve uma diminuição de 50% de gases do efeito estufa na atmosfera, outras metrópoles também reduziram seus níveis de poluição, inclusive São Paulo. Logo na primeira semana de isolamento, os índices de poluição atmosférica de São Paulo reduziram-se cerca de 50%. É o que mostra a comparação dos dados atmosféricos divulgados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) entre as semanas do dia 15 a 21 e 22 a 28 de março.
Em uma reportagem da revista EXAME é citada a redução na concentração de dióxido de nitrogênio (NO2) em fevereiro na cidade chinesa de Wuhan, epicentro da pandemia de COVID-19. Em março o mesmo fenômeno foi confirmado no norte da Itália. Conforme a revista o mesmo estaria acontecendo em Madri e Barcelona, onde também estão sendo tomadas medidas drásticas de confinamento.
Em todo o mundo, é lançado, por dia, na atmosfera, um milhão de toneladas a menos de CO2.
No Himalaia, pela primeira vez em 30 anos, é possível ver a cordilheira a 200 km de distância em partes do norte do país. Os níveis de poluição no país caíram dramaticamente desde 24 de março, quando teve início a quarentena. Veja os registros de alguns moradores de regiões próximas às montanhas: