Cloroquina: mitos e verdades sobre o remédio
Conheça sobre a substância que é alvo de mais de 20 pesquisas ao redor do mundo
A cloroquina ganhou popularidade recentemente por conta da pandemia do novo coronavírus. Enquanto os especialistas em saúde do mundo todo correm para encontrar tratamentos e eventualmente uma cura, o remédio acabou sendo bastante divulgado.
A substância é alvo de mais de 20 pesquisas ao redor do mundo, mas são estudos muito limitados, com um número pequeno de pessoas, e o uso da droga não é recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou por médicos.
Veja alguns mitos e verdades sobre a substância:
Cloroquina cura a Covid-19
Mito. Pesquisadores têm iniciado estudos para analisar a eficácia da aplicação de cloroquina como forma de tratamento da covid-19. Até o momento, ainda não há comprovação que a cloroquina seja capaz de curar pacientes infectados com o coronavírus.
Em Manaus, pesquisadores da Fundação de Medicina Tropical e da Universidade Estadual do Amazonas constataram recentemente que a aplicação de doses mais altas (600 miligramas) duas vezes ao dia por dez dias teve um efeito agressivo e gerou efeitos colaterais, como arritmia cardíaca ou até mesmo a morte.
Já o tratamento com doses menores (450 miligramas duas vezes no primeiro dia e uma vez ao dia por quatro dias) teve melhor aceitação dos organismos dos pacientes submetidos ao exame. Contudo, ao avaliar se o vírus havia sido eliminado no quinto dia, a pesquisa constatou a permanência do coronavírus, o que não permite assegurar, até o momento, a eficácia do tratamento utilizando o medicamento.