OMS quer criar fundo de US$ 675 milhões para combate ao coronavírus
Na China, milhões de pessoas receberam a ordem para permanecer confinadas em suas casas
A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez, ontem, um apelo à comunidade internacional para a organização de um fundo no valor de US$ 675 milhões (em torno de R$ 2,8 bilhões) para combater a epidemia de coronavírus nos próximos três meses.
“É muito dinheiro”, reconheceu Tedros Adhanom Gebreyesus, diretor-geral da agência das Nações Unidas, acrescentando: “Mas é muito menos do que a conta que teremos que pagar se não investirmos na preparação agora.” Desse montante, US$ 60 milhões são para financiar as operações da organização. “O restante é para países que estão particularmente em risco”, assinalou.
Na China, autoridades ampliaram as medidas de prevenção. Milhões de pessoas receberam a ordem para permanecer confinadas em suas casas. “Por favor, não saiam! Não saiam! Não saiam!”, repetia o alerta, transmitido por um alto-falante, na cidade de Hangzhou, pedindo à população que use máscaras e lave as mãos regularmente.
Em Wuhan, onde o novo coronavírus surgiu, médicos anunciaram que um recém-nascido é o mais novo infectado. A criança apresentou sorologia positiva para o vírus 30 horas após o nascimento. Os especialistas não sabem se a infecção ocorreu durante a gravidez ou imediatamente após o parto. A mãe está doente.
Fora da China Continental, a atenção também foi redobrada.
Cerca de 200 casos foram confirmados em 24 países países e territórios autônomos chineses, entre eles Hong Kong. Sob pressão, as autoridades da ex-colônia britânica fecharam, na prática, todas as passagens fronteiriças com o restante do país e vão impor a partir de sábado uma quarentena de duas semanas a todos os visitantes provenientes da China.