FINADOS

Saiba quanto custa morrer e ser enterrado no Maranhão

Custos funerários particulares que vão desde a parte burocrática, passando por velório e sepultamento podem variar de R$ 3 mil a R$ 30 mil na capital

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No Brasil, a celebração dos finados consiste, principalmente, na visita aos cemitérios. Os familiares aproveitam a data para limpar os túmulos, rezar pela alma dos seus entes que partiram e, também, para ofertar flores e acender velas. Além da decoração dos túmulos, são celebradas missas em memória aos falecidos. As velas, por sua vez, são acendidas pelas almas, e também são parte importante na celebração de finados.

Porém, até chegar esse momento, os entes do falecido passam por situações que exigem certa frieza e praticidade. Além de ter que vivenciar as dores da perda do ente querido, é preciso lidar com a situação de ter que providenciar, caixão, transporte, velório e sepultamento. E agora? Você sabe quanto custam esses serviços?

Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas Funerárias e Administração de Planos Funerários (ABREDIF) identificou em quais estados é necessário se trabalhar mais por dia para custear os gastos com enterro. Os dados foram compilados pelo site Bons Investimentos e foram baseados nos rendimentos médios divulgados pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) no mês de outubro de 2019 referentes a 2018.

Constatou-se que são necessários, em média, 39 dias de trabalho para arcar com os custos de um enterro. Para o estado do Maranhão, porém, a quantidade de dias de trabalho sobe para 64. Mais de dois meses de trabalho, assim, o Maranhão é o estado do Brasil onde se trabalha a maior quantidade de dias necessários para arcar com as despesas médias de um enterro. O lugar onde se trabalha menos para pagar é no Distrito Federal (19 dias). Segundo o estudo, o transporte do corpo e o caixão lideram os gastos, com 28% do custo médio cada um, o equivalente a R$ 894. Em seguida vêm o velório (15%, ou R$ 472, em média), o sepultamento (14%, ou R$ 433) e itens de decoração (12%, ou R$ 369), ou seja, gasta-se no mínimo, 3 mil reais. Mas de acordo com a necessidade e estrutura da cerimônia, o sepultamento pode chegar a R$30 mil, na capital, para quem não dispõe de plano funerário.

De acordo com o Sincep (Sindicado dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil), o setor de funerais movimenta cerca de R$ 7 bilhões ao ano no país e emprega mais de 40 mil pessoas.

Valores das taxas de serviços funerários

O PLANO MAIS SIMPLES NA FUNERÁRIA CONSULTADA CUSTA R$3 MIL, OFERECENDO JAZIGO (COVA), URNA (CAIXÃO) E TRASLADO

Os custos com funeral são uma realidade que deve ser encarada mais cedo ou mais tarde. Alguns planos funerários podem oferecer orientação de serviço de cartório, higienização, vestimenta, sala de velório, paramentação (rituais de despedida), remoção, cortejo, livro de presença, kit café, santinhos, auxílio-alimentação, ornamentação do corpo, caixão, traslado, coroa de flores e outros. A cobertura dos planos pode incluir dependente e ainda ter que cumprir prazo de carência.

Quanto ao sepultamento, o plano mais simples na funerária consultada custa R$3 mil, oferecendo jazigo (cova), urna (caixão) e traslado. O plano mais caro custa R$ 30 mil e inclui jazigo, urna presidencial, ampla sala de velório e assistência total.

De acordo com levantamento de preços que fizemos com algumas funerárias, individualmente, um caixão custa em média R$1 mil. A higienização do corpo cerca de R$ 500 e uma coroa de flores, em média R$ 350. A pessoa ainda tem que considerar custos com transporte do corpo, taxa de sepultamento e cova no cemitério.

Mesmo depois de o sepultamento ter terminado, ainda é preciso se programar para pagar a taxa de manutenção do cemitério, que é vitalícia, ou seja, deve ser paga enquanto a sua família for dona do jazigo. No caso da cremação, essas taxas não existem (e isso pode significar uma economia em longo prazo). O valor depende de cada cemitério. A taxa de manutenção em cemitérios particulares é semestral e varia de R$100 a R$250. Nos cemitérios públicos, a taxa de manutenção do jazigo é anual e custa certa de R$ 95. Já a taxa de sepultamento (tipo chão) custa em média R$80 e a tipo gaveta, R$140.

Outra opção a ser considerada para o adeus ao familiar é a cremação, que está custando em média R$5 mil. O processo só pode ser feito 24 horas após o óbito e demora de duas a três horas. Após a cremação, as cinzas são disponibilizadas, acomodadas em urnas próprias, que podem ser guardadas ou espalhadas em locais de preferência da família.

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