HUMANIZAÇÃO

HU-UFMA presta atendimento integral para crianças vítimas de violência

Crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, costumam apresentar sinais de comportamento, demonstrando que algo de grave ocorreu

Reprodução

As violências contra crianças e adolescentes, são consideradas pelo Ministério da Saúde como “problemas de saúde pública e violação dos direitos humanos”, que “geram graves consequências nos âmbitos individual e social”, os dados são, de um boletim epidemiológico divulgado no ano passado.

Quando se fala em criança, podemos logo associar com inocência, amor, carinho. Porém nem sempre elas, tem a sorte de conviver em ambientes compostos por estes sentimentos, uma vez que estes abusos podem partir de vários lados, mas também do próprio cunho familiar.

Infelizmente não são todas que podem contar com o aconchego de seus pais e de seus familiares. Crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, costumam apresentar sinais de comportamento, demonstrando que algo de grave ocorreu, e quando a agressão parte de quem deveria proteger a gravidade aumenta.

Pensando nisso, o HU-UFMA, possui atendimento especializado nessas áreas para ajudar quem passou por esse trauma psicológico. O hospital é referência para assistência às crianças, adolescentes e mulheres vítimas de violência sexual.

Os dados do Ambulatório de Atendimento às Pessoas em Situação de Violência Sexual do HU-UFMA, comprovam esse cenário cruel. Entre janeiro e setembro deste ano, o Hospital atendeu 17 crianças, mais que em 2018, quando foram atendidas 11 crianças. Se contabilizadas menores com até 12 anos incompletos, os números também podem vir a superar os do ano passado. Enquanto em 2018 foram 67 atendimentos, até setembro deste ano já houve 62 casos de vítimas desse tipo de violência.

Inaugurado no ano 2000, o ambulatório deu início em 2014 ao Projeto Tecendo Redes, resultado de uma parceria entre o HU-UFMA e a Alumar, tendo como objetivo principal, consolidar as ações assistenciais e preventivas relacionadas a violência sexual contra crianças e adolescentes. 

A assistente social Luciana Castelo Branco diz que com o início do projeto foi possível trabalhar na perspectiva do atendimento integral.

“Quando essa criança ou adolescente chega, tem uma equipe multiprofissional para que não seja trabalhada só a questão do problema de saúde que a trouxe até aqui, e sim, tudo o que está por trás da questão da violência, o fator psicológico, os efeitos em relação a exposição, a parte legal de orientação sobre o que fazer pós violência, e outras questões”.

Dentre as assistências oferecidas pela instituição, estão o atendimento do serviço social (acolhimento, escuta qualificada, entrevista, notificação a conselhos tutelares), consultas médicas e de enfermagem, atenção farmacêutica, atendimento psicológico e psiquiátrico, imunização e exames laboratoriais e de imagem.  

Entre as propostas futuras para aprimorar o atendimento do Ambulatório estão a retomada das palestras educativas nas salas de espera, a ambientação de uma sala para proporcionar um atendimento mais acolhedor a essa criança, além das visitas domiciliares. Por meio deste último, antes que a psicóloga dê a alta, a equipe pretende fazer uma visita ao ambiente em que a criança está inserida para que possa ser percebido se, de fato, é um ambiente favorável.

Violência Sexual

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a “violência sexual é qualquer ato sexual, tentativa do ato não desejado ou atos para traficar a sexualidade de uma pessoa, fazendo uso de repressão, ameaça ou força física, praticados por qualquer pessoa independente de suas relações com a vítima e de qualquer cenário, não limitado ao lar ou trabalho”. Ou seja, é uma agressão focalizada na sexualidade da pessoa, mas que a atinge em todo o seu ser.

Violência contra Criança e Adolescente

A violência sexual contra crianças e adolescentes é o envolvimento destes em atividades sexuais com um adulto, ou com qualquer pessoa um pouco mais velha ou maior, nas quais haja uma diferença de idade, de tamanho ou de poder, em que a criança é usada como objeto sexual para gratificação das necessidades ou dos desejos do adulto, sendo ela incapaz de dar um consentimento consciente por causa do desequilíbrio no poder ou de qualquer incapacidade mental ou física.

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