Governo do Maranhão se posiciona sobre situação do Cajueiro
Membros da comunidade protestam em frente ao Palácio dos Leões. Segundo eles, famílias podem ser despejadas para a construção de um porto privado
O Governo do Estado do Maranhão se posicionou frente aos protestos da Comunidade de Cajueiro. Nesta segunda-feira (12), cerca de 60 pessoas amanheceram em frente ao Palácio dos Leões para se manifestar contra a ordem de despejo em nome da construção de um porto privado no local.
“Trata-se de um cumprimento de determinação judicial pela reintegração de posse”, diz a nota enviada a O Imparcial. A assessoria do Governo do Maranhão afirma que a Secretaria de Direitos Humanos (Sedihpop) “realizou o processo de mediação com o Ministério Público, Defensoria Pública e as partes, a fim de contribuir com a construção de uma solução dialogada”.
“Esgotado o processo de mediação, cabe ao Estado cumprir a determinação judicial”, finaliza o texto.
Ainda segundo a nota, a solução encontrada pela Sedihpop foi “reassentamento de todas as famílias que residem no local, pagamento mensal de aluguel social e cestas básicas e proposta de capacitação e emprego de um membro de cada família”.
Manifestações
Além do Palácio dos Leões, no Centro Histórico de São Luís, as comunidades também protestam no território que habitam, próximo à Vila Maranhão. Ainda nesta segunda, o cumprimento da reintegração de posse contou com a Polícia Militar e com tratores na derrubada de casas dos então moradores.
Leia a nota na íntegra:
NOTA
12/08/2019Sobre a decisão judicial de reintegração de posse na comunidade Cajueiro, zona rural de são Luís, o Governo do Maranhão informa que:
1) trata-se de cumprimento de determinação judicial pela reintegração de posse. Há 28 posses diretamente afetadas, dentre imóveis habitados e não habitados;
2) a Secretaria de Direitos Humanos realizou processo de mediação com o Ministério Público, Defensoria Pública e as partes, a fim de contribuir com a construção de uma solução dialogada;
3) após a atuação da Secretaria, chegou-se à proposta de reassentamento de todas as famílias que residem no local, pagamento mensal de aluguel social e cestas básicas e proposta de capacitação e emprego de um membro de cada família;
4) esgotado o processo de mediação, cabe ao Estado cumprir a determinação judicial.
Secretaria da Comunicação Social e Assuntos Políticos do Governo do Estado do Maranhão