Jefferson Portela representa criminalmente contra Bardal, Ney Anderson e 03 blogueiros
De acordo com o secretário de segurança do Maranhão, ex-delegado Tiago Bardal, o delegado licenciado Ney Anderson e os três blogueiros teriam feito acusações falsas sobre investigações ilegais contra membros do poder judiciário do Estado do Maranhão
O Secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela representou criminalmente na Procuradoria Geral de Justiça na última quarta-feira (22), contra o ex-delegado Tiago Bardal, o delegado licenciado Ney Anderson, os blogueiros Neto Ferreira, Stênio Jonnes e o Iury Almeida.
Eles responderão criminalmente por calúnia, injúria e difamação. As representações foram contra o preso Tiago Bardal e o delegado sindicado Ney Anderson. Segundo Portela, os três blogueiros, Neto Ferreira, Stênio Jonnes e o Iuri Almeida, que falsamente teria feito acusações sobre investigações ilegais contra membros do poder judiciário do Estado do Maranhão.
Segundo o secretário de Segurança Pública do Maranhão, as versões dadas pelo ex-delegado Tiago Bardal, que se encontra preso, e do delegado licenciado Ney Anderson foram replicadas de modo alinhado pelos blogueiros citado, sendo por isso, também foram processados.
Jefferson Portela nega investigação de magistrados e diz que Tiago Bardal e Ney Anderson serão responsabilizados. Em nota oficial enviada para a imprensa, o Secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela, nega que tenha determinado a investigação de magistrados. “Não houve em momento algum a efetivação de interceptações de comunicações telefônicas, de informática ou telemáticas”, diz o secretário.
Portela acrescenta que o ex-delegado Tiago Bardal e o delegado licenciado Ney Anderson Gaspar serão criminalmente responsabilizados. “Considerando as versões criminosas apresentadas pelo preso Tiago Mattos Bardal e pelo Delegado licenciado Ney Anderson da Silva Gaspar, acusando o Sistema Estadual de Segurança Pública de investigar ilegalmente membros do Poder Judiciário do Estado do Maranhão, a Secretaria de Estado da Segurança Pública afirma que nenhuma das Autoridades referidas figurou no polo passivo de investigações criminais, portanto, não houve em momento algum a efetivação de interceptações de comunicações telefônicas, de informática ou telemáticas. Considerando que tais notícias ofendem a honra de Servidores Públicos Estaduais, os autores serão criminalmente responsabilizados”, diz a nota na integra.
Por meio do seu blog, Neto Ferreira também esclareceu por meio de nota o seu posicionamento com relação as acusações. O blogueiro afirma “que todas informações publicadas foram baseadas em cartas encaminhadas pelo delegado Ney Anderson Gaspar e depoimentos prestados à 2ª Vara Criminal de São Luís pelo ex-delegado Tiago Bardal. Portanto, os fatos foram transcritos de maneira imparcial. E que todos os citados nas reportagens foram procurados para que dessem os devidos esclarecimentos”, escreveu Neto Ferreira acrescentando que o seu blog “tem compromisso com a verdade e com os nossos leitores, sem emitir opinião pessoal em todas as abordagens sobre a denúncia que pesa contra a gestão do titular da Secretaria de Segurança Pública”, ressaltou o blogueiro.
Caso será investigado pela procuradoria-geral de Justiça
Em uma nova postagem publicada nesta quinta-feira (23), Neto Ferreira, relembrou que o caso foi revelado com exclusividade pelo seu blog, revelando que o procurador-geral de Justiça, Luiz Gonzaga Coêlho, instaurou um procedimento para apurar as denúncias contra o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, que tratam sobre ordens para investigar e monitorar desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão.
A investigação foi aberta após o presidente do TJMA, José Joaquim Figueiredo, encaminhar ofícios ao Supremo Tribunal Federal, Conselho Nacional de Justiça e Procuradoria Geral de Justiça, pedindo providências sobre o uso do aparato do Sistema de Segurança Pública para espionar magistrados e seus familiares. “O Ministério Público recebeu o documento enviado pelo presidente do Tribunal e, conforme a lei determina, instaurei uma notícia de fato para poder fazer as investigações a cabo do MP”, disse Gonzaga.
Ainda de acordo com Neto Ferreira, o escândalo de espionagem contra desembargadores do TJ veio à tona com o depoimento do ex-delegado Tiago Bardal à 2ª Vara Criminal de São Luís, e depois reafirmado em uma carta escrita pelo delegado Ney Anderson, ex-chefe do Departamento de Combate ao Crime Organizado, órgão ligado à Seic. Neto Ferreira informou ainda que em entrevista ao blog, Jefferson Portela rebateu todas as acusações, nas quais classificou como criminosas.