AVENTURA

Maranhense larga tudo e vai conhecer o mundo de bicicleta

Guilherme Valadão decidiu que continuar no seu antigo trabalho não o traria felicidade, então decidiu ser feliz.

Guilherme valadão durante treinamentos no Espigão em São Luis

Sabe quando você sente vontade de largar tudo e viver uma grande aventura? Quando seu emprego não te satisfaz e você não se sente motivado a continuar nele? Tudo isso aconteceu e na vida de Guilherme Valadão, de 29 anos. O ludovicense, mestre em engenharia de produção, um dia acordou cedo para ir trabalhar e se perguntou o porquê de estar fazendo aquilo.  Isso se transformou em uma ideia, que ao ser colocada em prática, tornou-se uma aventura.

Valadão decidiu montar em sua bicicleta e sair mundo a fora. Conhecer lugares, pessoas, culturas e ter experiências novas. E apesar de ter começado sua jornada, ainda sem um destino fixo, já reúne várias histórias peculiares e divertidas.

Guilherme, que está neste momento no Pará a caminho do Amazonas, tem como plano “a princípio, ir subindo a América Central. Nessa parte onde estou agora, será mais barco. Enquanto não “vencer” a Amazônia é difícil pedalar. De Manaus pego um barco pra Letícia (Amazônia colombiana) e pretendo fazer um trabalho (voluntário) lá por duas semanas, depois voar até Bogotá para continuar a pedalada”, relatou.

Antes de partir

Bagagem toda montada na bicicleta

Guilherme conta em seu blog que as seguintes perguntas o fizeram toma essa decisão radical:

  • Por que eu faço o que eu estou fazendo? É pelo dinheiro? E qual meu objetivo em acumular esse dinheiro?
  • Estou seguindo o rumo que eu realmente gostaria, para um objetivo que realmente quero ou sigo um rumo e um objetivo que são na verdade os esperados pela sociedade em que vivo?
  • Se tudo der certo no que estou fazendo atualmente, onde estarei daqui 3, 5, 10 anos? É onde eu realmente gostaria de estar?
  • Lá na frente, mais velho, o que gostaria de ter conquistado? O que eu vou querer ver ao olhar para trás e ver o que vivi?
  • Como gostaria de ser reconhecido/lembrado/apresentado?
  • Se dinheiro não fosse importante para mim, o que eu estaria fazendo? Há alguma maneira de eu fazer isso com os recursos, mentalidade, estrutura de maneira geral, que possuo atualmente? Qual custo financeiro e não-financeiros isso teria?

A preparação de Guilherme para a viagem foi intensa. Ele não tinha o hábito de pedalar, apesar da vontade de se lançar nessa aventura. Guilherme começou a pedalar 20 km por dia, para se acostumar com a futura rotina que é necessária para quem faz o cicloturismo, e no fim de sua preparação, já pedalava 85 km diários.

O treinamento serviu para treinar não só o corpo, mas também a mente. Valadão já não se impressionava com as distâncias que percorria em sua bicicleta, e conseguia manter uma velocidade média de 20 km/h. Isso também proporcionou que ele conhecesse melhor e pudesse ajustar, na bicicleta, o que era necessário.

O que levar?

Toda a bagagem para o início da jornada

Após pesquisar sobre tudo, inclusive sobre qual tipo de bicicleta era ideal para sua jornada, Guilherme escolheu todo o material que iria levar consigo no momento da partida. Em seu blog, chamado de Roteiro 0, ele postou a lista de materiais:

  • Alforjes
  • Bolsas e sacos estanques
  • Mochila sacola
  • Mala bike (permite armazenar a bicicleta de forma mais prática para despachá-la em viagens de ônibus e avião)
  • Cadeados
  • Mini bomba de encher pneu
  • Kit de ferramentas
  • Pneu reserva (feito de kevlar, o que permite armazená-lo dobrado)
  • Câmara de ar reserva
  • Pastilha de freio reserva
  • Sapatilha para pedalar
  • Bota de trilha
  • Chinelo
  • Capacete
  • Lanterna de cabeça
  • Boné
  • Óculos escuros
  • Camisa UV manga longa
  • Calça de ciclista UV
  • Meias
  • Cuecas
  • Calça modular (calça-bermuda)
  • Camiseta
  • Jaqueta corta vento e impermeável
  • Barraca
  • Saco de dormir
  • Isolante térmico (isola o corpo da temperatura do solo)
  • Travesseiro modular
  • Repelente
  • Protetor solar
  • Silver tape
  • Super bonder
  • Remédios
  • Itens de higiene
  • Itens para curativo
  • Cordas elásticas
  • Abraçadeiras
  • Toalha de microfibra (seca rápido e ocupa pouco espaço)
  • Bandana tubular
  • Flanela
  • Carregador portátil
  • Kindle
  • Tablet
  • Fogareiro
  • Gás
  • Canivete de talheres
  • Panelas
  • Clor in (pastilha purificadora de água)
  • Sprah (repelente para animais hostis)

Histórias já vividas e aspirações para continuar

O bombeiro e sua família

Na cidade de Capanema, no Pará, Guilherme acampou no quartel dos Bombeiros, e ao conversar com um dos bombeiros, descobriu que ele residia na cidade que seria seu próximo destino, Castanhal. O bombeiro prontamente o convidou para que ele dormisse na casa dele quando estivesse em Castanhal.

Seria uma estadia normal, se não fosse pelo acolhimento das pessoas. Guilherme passou o dia com o bombeiro e seus amigos e ainda foi levado a um jantar de família a noite. Esse tipo de recepção e acolhimento, tem se mostrado bastante comum em sua viagem, o que só enriquece sua experiência.

Dois irmãos em contato

Ao chegar em uma pacata cidade, Guilherme Valadão, encontrou um homem que disse que, na cidade que seria seu próximo destino, morava seu irmão que ele já havia perdido contato há mais de 6 meses. Guilherme, ao chegar na cidade, procurou e encontrou o irmão perdido e restabeleceu contato entre os irmãos.

Até onde vai Guilherme?

Guilherme Valadão não fixou um destino final, saiu de casa com o objetivo de viver novas experiências e está conseguindo, até agora. Toda sua viagem está sendo publicada em seu Instagram, @roteiro0 e você pode ver a preparação detalhada de Guilherme em seu blog. “Enquanto tiver desfrutando, tiver recursos e energia seguirei. Se chegar lá em cima e estiver curtindo e tiver encontrado alguma maneira de ter recursos, cogito até seguir em outro continente”, disse Guilherme quando preguntado qual o destino de sua viagem.

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