A busca pelas vítimas da tragédia na região de Brumadinho completam 10 dias nesta segunda, 4. O trabalho que é coordenado pelos bombeiros de Minas Gerais conta ainda com a ajuda de mais 250 bombeiros de vários estados do Brasil, incluindo o Maranhão. Até agora já foram contabilizados 121 mortos e 226 desaparecidos.

Foto: CBMMA

Ao completar 7 dias do rompimento da barragem da Vale, o resgate entrou em uma nova fase que não tem data para terminar. Agora, além da procura manual, que conta com a ajuda de 22 cães farejadores, estão usando equipamentos modernos que são capazes de cortar estruturas de metal e containers no meio da lama.

No Maranhão, um dia após a tragédia, o governador Flávio Dino autorizou a ida de sete bombeiros do estado que são especializados em buscas e resgates. Os enviados foram: Os majores, Patrício e Nilson, os tenentes Elenilton e Nunes, o sargento Max e os soldados M. Serra e W. Neves. 

Foto: CBMMA

Ao todo, os bombeiros maranhenses já somam oito dias de trabalhos intensos e descreveram que o cenário é de destruição, mas de muita solidariedade entre todos presentes na cidade. O tenente Nunes declarou:

“A área devastada pela avalanche de lama é muito grande, mas mesmo com o imenso cansaço, estamos trabalhando com o maior empenho, porque a vontade de dar uma resposta aos familiares é maior”.

Ainda sobre a situação, o bombeiro maranhense acrescentou que:

“Aqui a comoção humana prevalece acima de tudo, a gente percebe que independente rendimento financeiro, independente categoria funcional, todo mundo aqui quer ajudar.”

Foto: CBMMA

A velocidade das operações é afetada pela dificuldade no deslocamento e a cautela necessária no solo instável. Aeronaves e veículos anfíbios, que podem andar sobre terra firme e águas, estão sendo usados diariamente para melhorar a eficiência na busca dos corpos. A área onde a maioria das pessoas estava concentrada no momento que a barragem rompeu, o refeitório da Vale, começou a ser escavada ao longo da semana.

A humanização dos bombeiros, mesmo em meio a tanto trabalho, promoveu homenagens às vítimas. A mais marcante foi a que aconteceu no sétimo dia das buscas, quando diversas aeronaves pairaram no ar e lançaram pétalas de flores, enquanto as pessoas estavam concentradas diante da bandeira do Brasil.

O major Patrício, bombeiro maranhense que também integra a missão, relatou:

“Por toda essa semana vimemos um clima muito pesado aqui em Brumadinho, mas temos a consciência de que tudo isso faz parte da nossa missão fim, trabalhamos diuturnamente, mesmo com enorme cansaço estamos empenhados na operação de localização das vítimas, porque sabemos que isso, de alguma forma, irá minimizar a dor dos familiares”.