Nesta quinta-feira, 10, é o Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus. Trata-se de uma doença autoimune, complexa e de difícil diagnóstico, que pode atingir 200 mil pessoas no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença acomete principalmente mulheres na fase fértil. Cerca de 90% dos que sofrem da doença são mulheres. A doença recentemente foi muito exposta na mídia quando a cantora americana Selena Gomez, revelou que se submeteu a um transplante de rim, em decorrência da doença.

Apesar da incidência ser maior em mulheres, o designer Kevin Ribeiro, de 26 anos, que foi diagnosticado com a doença aos 10 anos, conta como foi a descoberta da doença. “Eu tive alguns sintomas como manchas na pele em formato de borboleta, perda de memória, me sentia lento. Minha mãe também é portadora da doença. Fiz o tratamento ainda na infância, e hoje a doença está controlada“, destacou. De acordo com Kevin, outras doenças podem fazer os sintomas do Lúpus reaparecerem. “Quando eu descobri a depressão, os sintomas, como as manchas no corpo voltaram”, contou o designer

O que é a doença?

É uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, ou seja, o sistema imunológico, responsável por defender o nosso organismo de corpos estranhos, como o vírus de uma doença por exemplo, começa a atacar as células saudáveis do corpo, e esse processo desencadeia uma reação inflamatória em diversas partes do corpo, como rins, pele e outros órgãos.

Apesar de ser uma doença crônica, o lúpus tem tratamento e em boa parte dos casos, o paciente pode ter uma vida com boa qualidade. Nenhum remédio é capaz de curar a doença, mas a medicação é importante para manter a doença sob controle e evitar riscos maiores aos órgãos.

Tipos da doença

 Cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele e o sistêmico, que um ou mais órgãos internos são acometidos.

Causas

A causa do Lúpus ainda é desconhecida, mas sabe-se que fatores genéticos, ambientais, hormonais e infecciosos podem desencadear a doença.  Genético quando alguém da família pode sofrer da doença; A exposição solar é um fator ambiental que pode revelar a doença; fatores hormonais, explicam a incidência maior em mulheres na fase fértil, que é o hormônio feminino estrógeno em níveis mais altos na faixa etária que vai dos 15 aos 45 anos. E algumas infecções virais podem desencadear também a doença.

Sintomas

Pode se manifestar em qualquer parte do corpo, na pele, articulações, órgãos. Erupções cutâneas, manchas na pele em formato de borboleta são muitos comuns em vários casos. Alguns sintomas como lesões de pele, principalmente na região da bochecha; dores nas articulações que são piores no período da manhã e na épocas frias;  cansaço; fadiga; perda de peso; febre sem explicações; dores para respirar; inchaço nas pernas e ao redor dos olhos; e urina mais espumosa que o normal são alguns deles, devem ser avaliadas por médicos reumatologistas, e nos casos de pele, dermatologistas.

Tratamento

É necessário a proteção constante contra os raios ultravioleta (solar), manter uma vida saudável, com boa alimentação e prática de exercícios físicos, e controle com remédios específicos para cada paciente, já que, cada paciente pode apresentar um tipo de sintoma e reação corporal, segundo especialistas.