ESPECIAL

A plenitude de ser mãe aos 15,20,30 e 40 anos

Para mulheres que querem exercer esse papel, o que importa é o afeto e a vontade de amar sem medidas

Reprodução

Certamente em algum momento da vida, algumas mulheres já ouviram algumas dessas perguntas: “Vai ter filhos quando?”; “Vai ter só um filho mesmo?”; “Olha, já está na hora de providenciar um bebê…”
Maternidade, ter ou não ter um bebê, e o momento de ter são questões que muitas vezes são pessoais para quem faz um planejamento. Conversei com quatro mulheres de diferentes faixas etárias. Duas experimentam a gravidez pela primeira vez. Outras duas encaram a segunda gestação. Todas esperaram o momento certo de vivenciar essa fase inédita para umas, já conhecida para outras. Falamos com elas de momentos, de situações, de amor. Confiram as histórias.

Vitória Maluf. Foto: Arquivo Pessoal

Vitória Maluf Neta tem 31 anos e é psicóloga organizacional. Ela está gravida de quatro meses do primeiro filho e mudou sua rotina, mas sem abdicar de nada, para viver esse momento. “O sentimento é um pouco confuso, mas é muito bom. Instantaneamente cresce logo esse amor por alguém que a gente ainda nem conhece, e são as melhores sensações do mundo. É uma coisa misteriosa que só Deus mesmo pode explicar”, conta.
Totalmente imbuída no desejo de ser mãe, Vitória espera ser um instrumento do amor de Deus na terra para o seu filho. “Quero passar meus valores, que ele tenha um bom caráter, um bom coração. Se eu não pensar em criar o meu filho pra fazer o melhor no mundo, se pensar em criar ele pra mim, estarei indo de encontro aos principais objetivos da maternidade. Não tem missão maior do que essa de ser mãe, orientar, dar carinho, proteger, mas instruir e fazer com que esse filho cresça e faça alguma diferença no mundo”, conclui.

Isabele Sabina do Nascimento também está com 31 anos e grávida de sete meses do primeiro filho. Para esse momento, ela teve um período preparatório completo, desde a saúde até a estabilidade financeira. Isabele fez reeducação alimentar para preparar o corpo para receber o José Otávio.

“Não queria estar trabalhando nessa fase da minha vida. Queria curtir minha gravidez por completo e tive o apoio do marido, que foi fundamental. Esperei me sentir preparada e esse foi o momento certo. Planejei em junho e em dezembro do mesmo ano já estava grávida. Sou muito grata a Deus que concretizou esse sonho de ser mãe”. O desejo dela para José Otávio é o que toda mãe deseja para seu rebento: saúde e educação para que ele seja uma pessoa íntegra, honesta e de bom caráter.

 

 

Jade Bastos. Foto: Arquivo Pessoal

A estudante Jade Bastos está na segunda gravidez aos 24 anos. Grávida de quase nove meses do segundo filho – a primeira filha tem 4 anos -, essa gestação está diferente para ela, que se diz bem mais tranquila, pois na primeira teve muitas dores e falta de ar.
Embora jovem, Jade passou um ano tentando o segundo filho. Para ela, ter filhos nessa idade tem suas vantagens, como, por exemplo, ter mais vitalidade para acompanhar o crescimento deles. Mas uma desvantagem, segundo ela, foi ter que parar de estudar e trabalhar para curtir a primeira filha e a gravidez do Henry Alexandre, como ele vai se chamar.
Jade se dedica exclusivamente à maternidade e conta que abriu mão de muita coisa na vida porque quis viver o papel de mãe na sua plenitude. “Vejo que vale muito a pena ter abandonado tudo. Eu espero ser a melhor mãe que eu puder. Dar o meu melhor para os dois, um ensino bom dentro de casa, transformá-los em bons seres humanos. Dar uma educação melhor que a minha, crescer profissionalmente com eles do meu lado. Gerar é maravilhoso! Tantas aí querendo engravidar e não podem. Sou grata a Deus por me dar uma segunda oportunidade de gerar, apesar das imperfeições da gestação e do corpo”, finaliza.

Antônia Carvalho. foto: Arquivo Pessoal

 

A psicóloga Antônia Carvalho, de 38 anos, espera um segundo filho 16 anos depois da primeira gestação. Grávida de oito meses de João Pedro, Antônia já é mãe de Amanda Gabrielle, de 16 anos. Engravidar

novamente mais de 10 anos depois trouxe menos incertezas e mais segurança.
“Há 16 anos, eu era jovem, fazia faculdade. Hoje estou mais madura, profissionalmente estabilizada. Em termos de gestações em si, ambas foram tranquilas, mas, dado o grande espaço de tempo, é realmente como se fosse a primeira experiência. Já não lembrava mais de tudo e muita coisa mudou também para esse novo momento, como tendências, práticas”, diz Antônia.
Para essa psicóloga, em qualquer momento que seja, exercer a maternidade é uma escolha que precisa ser respeitada. “Não existe fórmula de sucesso. Eu fui mãe aos 21 em outro contexto. Mais do que idade ou estabilidade, o que define essa vivência mais ou menos intensa da maternidade é o quanto isso é uma prioridade na sua vida. Muitos estudos já provaram que não é o tempo contado em minutos que define a qualidade da relação, mas a qualidade desse tempo. Eu amo ser mãe”, finaliza.

 

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