MEIO AMBIENTE

Três unidades de conservação são criadas no Maranhão

Baía do Tubarão, Arapiranga Tromaí e Itapetininga ganham status e serão geridas pelo Instituto Chico Mendes. Com o decreto o ICMBio passa a cuidar de 333 unidades de conservação no país

Foto: Reprodução

O presidente da República, Michel Temer, assinou na última quinta-feira, 5, decretos que criam cinco novas unidades de conservação, que serão geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). São três reservas extrativistas no Maranhão (Arapiranga Tromaí, Baía do Tubarão, Itapetininga) e duas em áreas de caatinga (Parque Nacional e uma Área de Proteção Ambiental, APA). No mês passado, já foram criadas quatro unidades em áreas marinhas, com mais as de hoje, o ICMBio passa a cuidar de 333 unidades de conservação no país.

“O ano de 2018 já pode ser considerado histórico para o ICMBio com a criação dessas unidades. Somente com as três Resex, vamos beneficiar mais de 13 mil famílias que vivem nesses locais de pesca artesanal, além da preservação de toda a biodiversidade destas áreas”, comemora o presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski. Segundo ele, as três Resex, que somam mais de 400 mil hectares, protegem uma grande biodiversidade como peixes, tartarugas, espécies marinhas, aves ameaçadas, aves migratórias, área de ninhais, área de lagos e importantes manguezais.

“Isso mostra a seriedade com que, neste governo, encaramos a proteção do meio ambiente como um vetor de melhoria da qualidade de vida da população. Ao revertermos a curva do desmatamento, fecharmos usinas termoelétricas, zelarmos pela integridade dos nossos biomas e da biodiversidade que abrigam, recompormos a vegetação nativa para a ressurgência hídrica, enfim, em tudo o que fizemos no Ministério do Meio Ambiente, tivemos um propósito socioambiental”, disse o ministro Sarney Filho, que cumpriu na quinta-feira, 5, seu último dia no cargo.

As novas unidades de conservação, prosseguiu o ministro, se juntam a outras criadas e ampliadas na sua gestão, como o Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes, no litoral de São Paulo, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, que teve sua área aumentada em quatro vezes, e os mosaicos dos arquipélagos de São Pedro, em Pernambuco, e São Paulo e o de Trindade e Martim Vaz, no Espírito Santo.

“Criamos e ampliamos unidades de conservação em diferentes biomas. Com isso, a área protegida no país, continental e marinha, cresceu mais de 92 milhões de hectares. Com as UCs marinhas, fizemos o Brasil saltar de apenas 1,5% para 26,3% de nossas áreas marinhas protegidas. Com isso, superamos a meta de Aichi, estabelecida pela Convenção sobre Diversidade Biológica, de proteção de 17% das áreas marinhas e costeiras até 2020”, destacou.

Com os decretos publicados ontem, 6, no Diário Oficial, o bioma da caatinga é beneficiado, já que é um dos biomas com menor percentual de proteção do país, com apenas 7,7% do território em área protegida. Agora, terá um mosaico (Boqueirão da Onça) de duas unidades de conservação federais: um parque nacional e uma área de proteção ambiental. Ao todo, serão aproximadamente 850 mil hectares protegidos no último remanescente da caatinga brasileira, protegendo uma rica biodiversidade, como a onça-pintada. A área é de fundamental importância para o felino que atualmente se encontra ameaçada de extinção.

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