783 maranhenses esperam por transplante de órgãos
Além de rins e córneas, transplante de tecidos ligamentosos, transplante hepático e cardíaco também estão sendo realizados no Maranhão
O Maranhão ocupa a 14ª posição no ranking do transplante de córnea e é o 10º estado que mais realiza transplante de rins no Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), em pesquisa feita no ano passado. Nos últimos cinco anos foram realizados 205 transplantes renais e 794 transplantes de córneas no estado e, atualmente, há registro de 199 pessoas à espera por doação de rins e 584 à espera de transplante de córneas.
Além de rins e córneas, transplante de tecidos ligamentosos, transplante hepático e cardíaco também estão sendo realizados no Maranhão desde 2017, ano em que foram contabilizados 293 transplantes de órgãos no total.
O transplante
O transplante é um procedimento cirúrgico onde órgãos e tecidos de uma pessoa doente são substituídos por órgãos ou tecidos saudáveis de um doador morto ou vivo.
De forma geral, podem ser realizados dois tipos de transplantes: o autólogo, onde células, órgãos ou tecidos são retirados da própria pessoa e implantados em um local diferente do corpo; e o transplante alogênico, onde ocorre a retirada do material de uma pessoa (doador) para ser implantada em outra (receptor).
Sobre doação de órgãos
Os motivos mais comuns para se realizar um transplante de órgãos é devido à morte encefálica confirmada, quando é diagnosticada a parada total das funções cerebrais, em quadro irreversível. Nesses casos, apesar da falência do cérebro, o coração continua batendo, fazendo a irrigação sanguínea e mantendo os órgãos viáveis para doação.
O doador também pode estar vivo. A partir do seu próprio consentimento, pode doar órgão que, ausente, não afete sua saúde ou habilidades. Como rim, parte do fígado, parte do pulmão e até mesmo parte do pâncreas e intestino. Para doar órgãos em vida, é preciso ser maior de idade, estar em boas condições de saúde e é necessário que o doador seja compatível com o receptor. O diagnóstico é feito através de exames prévios.
Brasil
No Brasil, o número de doadores vem crescendo. O país ficou em segundo lugar em número absoluto de transplantes renais e transplantes hepáticos no ano de 2016. Porém, ainda tem mais de 33 mil adultos e crianças na fila de espera por transplante de órgãos como coração, rins, pulmão e fígado.
Os dados, divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) evidenciam realidade que merece atenção: apesar do número de doadores no País ter sido recorde em 2016, a espera de pacientes cuja vida depende da doação de órgãos está longe de acabar. De acordo com dados da ABTO, o pâncreas é o órgão mais transplantado no país e o rim é o órgão mais demandado na lista de espera dos transplantes nacionais.