ARTE E CULTURA

O primeiro museu do reggae fora da Jamaica está em São Luís

Entre as relíquias do museu está guitarra usada há mais de 30 anos, no primeiro show da Tribo de Jah, grupo pioneiro do reggae no Maranhão, e a radiola “Voz  de Ouro Canarinho”, de Edmilson Tomé da Costa

Fotos: Ocernil Jr.

O primeiro museu sobre a cultura reggae fora da Jamaica, não poderia ser em outro lugar. Claro, na cidade brasileira que mais emana esse ritmo: São Luís do Maranhão.

Inaugurado no último dia 28, o ambiente de 35 m² conta a trajetória do gênero musical no Maranhão e no mundo, por meio de discos de vinil, gravações em vídeo, fotografias, roupas, acessórios. Uma parte do material foi doada e a outra adquirida de colecionadores.

Desembarcado no Maranhão há mais de 40 anos, o som jamaicano tornou-se marca cultural do ludovicense. “O reggae influencia na nossa maneira de falar, vestir e dançar. A nossa maneira de dançar o reggae é única”, esclareceu Ademar Danilo, diretor do Museu do Reggae.

Entre as relíquias do museu está uma guitarra usada há mais de 30 anos no primeiro show da Tribo de Jah, grupo pioneiro do reggae no Maranhão, e a radiola “Voz  de Ouro Canarinho”, de Edmilson Tomé da Costa, conhecido como Serralheiro, um dos pioneiros do reggae no estado, e disseminador do gênero musical nos anos de 1970.

Mais que música, o reggae é uma voz contra desigualdades. “A relação que o reggae tinha com o Poder Público, era uma relação de repressão. Hoje, o reggae é vitorioso. O Museu do Reggae é um reconhecimento disso”, ponderou Ademar.

O Museu do Reggae Maranhão está dividido em ambientes. O primeiro deles, que homenageia o tradicional clube Pop Som, simula um clube de reggae, com um bar típico e um grande paredão. A segunda sala, que traz o nome do Clube União do BF, contém uma linha do tempo sobre o reggae no Maranhão, no Brasil e no mundo, além de exposições e totens com playlists de reggae internacional. A terceira sala, batizada de Clube Toque do Amor, homenageia os grandes nomes do reggae nacional. Existem, ainda, ambientes que reverenciam os imortais do reggae.

Em dois dias de funcionamento, o local, na Rua da Estrela, no Centro Histórico de São Luís, recebeu mais de 1.277 visitantes. O horário de funcionamento é de terça a sábado das 10h às 20h, e aos domingos das 9h às 13h.

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