70 ANOS

Maranhão tem a menor expectativa de vida do Brasil

Piauí, Rondônia, Roraima, Alagoas e Amazonas também apresentaram expectativas de vida abaixo de 72 anos, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Foto: Honório Moreira

A maior esperança de vida ao nascer entre as Unidades da Federação foi em Santa Catarina, 79,1 anos, seguida por Espírito Santo, Distrito Federal e São Paulo, todos com valores acima de 78 anos. Completam a lista de estados com expectativa de vida acima da média nacional Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.

Já a menor expectativa de vida foi encontrada no Maranhão (70,6 anos). Em 1940, a expectativa de vida era de 45,5 anos, sendo 42,9 para homens e 48,3 anos para mulheres. Entre 1940 e 1960, o Brasil praticamente reduziu pela metade a taxa bruta de mortalidade (o número de óbitos de um ano dividido pela população total em julho daquele mesmo ano), caindo de 20,9 óbitos para cada mil habitantes para 9,8 por mil. A expectativa de vida ao nascer em 1960 era de 52,5 anos. Ao todo, a expectativa de vida aumentou 30,3 anos entre 1940 e 2016, chegando a 75,8 anos.

Uma pessoa nascida no Brasil em 2016 tinha expectativa de viver, em média, até os 75 anos, nove meses e sete dias (75,8 anos). Isso representa um aumento de três meses e 11 dias a mais do que para uma pessoa nascida em 2015. A expectativa de vida dos homens aumentou de 71,9 anos em 2015 para 72,2 anos em 2016, enquanto a das mulheres foi de 79,1 para 79,4 anos.

Os dados fazem parte da pesquisa Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2016, realizada pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que traz ainda outros aspectos da pesquisa.

No Maranhão, quem nasceu em 2014 tinha a possibilidade de viver até os 70 anos. Em 2016, essa expectativa subiu seis meses, ficando em 70,6 anos. Embora tenha havido essa evolução, o Maranhão ainda figura em último lugar no ranking da expectativa de vida.

Expectativa de vida aumentou 30,3 anos entre 1940 e 2016

Em 1940, a expectativa de vida era de 45,5 anos, sendo 42,9 para homens e 48,3 anos para mulheres. Entre 1940 e 1960, o Brasil praticamente reduziu pela metade a taxa bruta de mortalidade (o número de óbitos de um ano dividido pela população total em julho daquele mesmo ano), caindo de 20,9 óbitos para cada mil habitantes para 9,8 por mil. A expectativa de vida ao nascer em 1960 era de 52,5 anos. Ao todo, a expectativa de vida aumentou 30,3 anos entre 1940 e 2016, chegando a 75,8 anos. Em 1940, um indivíduo ao completar 50 anos tinha uma expectativa de vida de 19,1 anos, vivendo em média 69,1 anos.

Com o declínio da mortalidade neste período, um mesmo indivíduo de 50 anos, em 2016, teria uma expectativa de vida de 30,3 anos, esperando viver em média até 80,3 anos, ou seja, 11,3 anos a mais do que um indivíduo da mesma idade em 1940. Ainda em 1940, de cada mil pessoas que atingiam os 65 anos de idade, 259 atingiriam os 80 anos ou mais. Em 2016, de cada mil idosos com 65 anos, 628 completariam 80 anos. As expectativas de vida ao atingir 80 anos foram de 10,2 e 8,5 anos para mulheres e homens, respectivamente. Em 1940, estes valores eram de 4,5 anos para as mulheres e 4 anos para os homens.

Foto: Honório Moreira

Sabendo viver

Na contramão dessa pesquisa, encontramos seu Francisco Jansen de Mello praticando atividade física na orla de São Luís. Advogado e funcionário da Embraer, ele tem 72 anos e considera que está muito bem, física e mentalmente. “Eu faço minhas atividades físicas regulares. Estou com meus exames em dia e acho que está tudo certo. Já estou à frente dois anos, segundo essa pesquisa (risos)”.
Ele considera que a grande chave para envelhecer bem e com saúde, pelo menos para os maranhenses, é cultivar uma alimentação saudável. “Para o maranhense ultrapassar essa pesquisa, é preciso que a gente coma bem. Eu morei no Rio de Janeiro há algum tempo e lá se fala que o maranhense come muito. E come mesmo. Muita coisa que não é saudável. Então precisa isso: alimentação saudável, atividade física e estar com os exames em dia”, ensina o advogado.

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