Negócio da China

Feira de Cantão: um mundo de oportunidades

A Feira de Cantão é a maior de negócios do mundo e acontece duas vezes por ano. A edição de outubro teve mais de 60.400 estandes, quase 192.000 compradores e movimentou 30 bilhões de dólares

Foto: Reprodução

É diante da crise que surgem as oportunidades! Esta afirmação, tão difundida entre os empresários e todos que atuam nos mundos dos negócios, desde o último mês de Outubro tem feito mais sentido e começou a ser posta em prática pelo empresariado maranhense. Diante de tantas dificuldades enfrentadas nos últimos anos, surgiu a necessidade de sermos mais criativos, mais corajosos, mais ousados, de tirarmos a bitola dos olhos e ampliarmos nossos horizontes.

E foi assim que, capitaneados pelo secretário de Estado da Indústria, Comércio e Energia em parceria com a FIEMA – Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, mais de 40 empresários maranhenses participaram da primeira fase da 122ª edição Canton Fair – a famosa Feira de Cantão, na cidade de Guangzhou na China. 

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Para quem ainda não conhece, a Feira de Cantão é a maior feira multisetorial de negócios do mundo. Esta feira acontece ininterruptamente duas vezes ao ano, nos meses de Abril e Outubro, desde 1957. Fica em um espaço de 1.185.000 metros quadrados (você não leu errado! São mais de 1 milhão de metros quadrados, o que corresponde a mais de 9 estádios do Maracanã!).

Somente na edição de Outubro / 2017, foram mais 60.400 estandes, quase 192.000 compradores do mundo inteiro e movimentou 30.16 bilhões de dólares em negócios! A feira é tão grande que precisa ser dividida em três fases e tem duração de quase 1 mês da abertura até seu encerramento. 

Segundo o secretário de Desenvolvimento Agroindustrial de Balsas Daniel Grolli, a missão foi incrível. Atravessar o mundo para conhecer o que há de mais novo em tecnologias nos mais diversos ramos como agrícola, industrial e de construção civil demonstra uma quebra de paradigma, a perda do medo do empresário que ao invés de comprar na primeira prateleira vai direto à fonte e consegue preços mais baratos e se torna mais competitivo. 

Já de acordo com o secretário de Indústria, Comércio e Energia Simplício Araújo, o objetivo é de aproximar o empresário maranhense dos fornecedores chineses. É sabido que muitos empresários já tinham o interesse de conhecer o mercado chinês mas não tinha a coragem ou mesmo como fazer esta viagem para um país tão distante e de cultura tão diferente como a China, então foi organizada esta missão para dar o suporte necessário para que o empresário pudesse fazer este intercâmbio comercial.

Espera-se que esta viagem tenha bons resultados e gere bons negócios, um deles inclusive já está em andamento que é o de placas solares para que se possa começar a gerar energia renovável e limpa para nosso estado. Esta viagem foi apenas o início e agora é insistir e trabalhar em cima de uma agenda positiva para gerar bons negócios.  

O mais importante em minha opinião é a mudança de atitude. Esta quebra de paradigma notada por todos aqueles que participaram desta missão indica duas coisas: a primeira é o enriquecimento cultural e comercial diante da grandiosidade da Feira de Cantão e da pujante economia chinesa e a segunda é o sentimento de que os empresários estão recuperando a confiança para voltar a investir e sentem que podemos ter um 2018 de mais sucesso. Além disso, também é notável que paramos de reclamar e resolvemos agir.

Apesar de ainda estarmos enfrentando a crise, paramos por um momento de gastar valiosa energia reclamando e esperando que a mudança viesse apenas do governo. Muito mais do que turismo, comer grilos e tomar chá na China, os empresários maranhenses arregaçaram as mangas e foram atrás de novas soluções, novos caminhos, novas oportunidades, novos negócios. Curiosamente o ideograma chinês que representa a palavra crise é composto por dois símbolos, o primeiro representa perigo e o segundo oportunidade. E essa é a palavra-chave desta missão à China: oportunidade. Devemos agora, mais do que nunca, prepararmo-nos para enxergar o mercado internacional como um excelente caminho para superar a crise. 

 

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