CULTURA

Programação leva danças à praça, concha e museu

XI Semana Maranhense de Dança movimenta espaços públicos de São Luís com apresentações de espetáculos de dança de diferentes modalidades no Museu Histórico e Artístico do Maranhão, Praça Nauro Machado e Concha Acústica da Lagoa da Jansen

Reprodução

“A Terra Chora” está dentro da programação da XI Semana Maranhense de Dança. Idealizada pelo Grupo Teatro Dança, será apresentanda amanhã, dia 1º, às 19h, no Museu Histórico e Artístico do Maranhão, localizado na Rua do Sol, Centro.

Segundo Júlia Emília, diretora, coreógrafa e bailarina do Grupo Teatro Dança, fundado em São Luís no ano de 1985, A terra chora é uma epifania das formas de vida somada aos ensinamentos de culturas preocupadas com a alteridade. Ou seja, a relação entre o sagrado, a natureza e a vida, que formam o ponto de partida do espetáculo que vem sendo apresentado desde o início do ano em palcos maranhenses.

Durante a concepção do espetáculo, Júlia Emília baseou-se também na cultura indígena e com referências diretas à escrita do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano, falecido em abril de 2015. Para ela, o espetáculo encara a tarefa de expor ao público a relação profunda do indivíduo com a natureza e como os seres se conjugam para garantir a vida no planeta.

Surgida há alguns anos, a ideia do espetáculo foi abraçada pelo falecido escritor, que concedeu os direitos de uso de O Livro dos Abraços. Mas, na lentidão que o processo exigia, os direitos acabaram retirados com a morte de Galeano. Após o acolhimento do Instituto Gurdjie, em Belo Horizonte, o projeto ganhou novo ritmo e criou raízes, que foram se desenvolvendo até alcançar participações especiais.

A terra chora tem direção assinada por Júlia Emília e, além dela, o dançarino criador Victor Vihen na atuação. A pesquisa para montagem do espetáculo foi iniciada em 2013 e contou com assessoria do Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão. O espetáculo contou com participação ativa no processo de montagem e composição da trilha sonora pelo cineasta e músico Ramusyo Brasil, e os musicistas João Simas e Luciano Linhares misturam as sonoridades rítmicas com as pesquisas de Gurdjieff e De Hartmann, em suas viagens a lugares inacessíveis.

Outros espetáculos

Hoje (31), a PraçaNauro Machado, localizada na Praia Grande, no Centro Histórico de São Luís, recebe, a partir das 17h, a Mostra Maranhense I, que reúne um total de 16 espetáculos de dança de diferentes modalidades como: dança do ventre, jazz lyrical, neo-clássico, dança moderna, jazz funk, krump, estilo livre, street jazz, além de danças urbanas. Destaque para apresentação da Cia Arianna Lopes – Danças Árabes com a coregografiaGratidão, que será executada pela própria Arianna Lopes (foto); Movimentar Cia de Dança, com a coreografia Routine apresentada pelos dançarinos de danças urbanas Rubem Soares, Johhn Brow e Alan Alves; e Pulsar Academia de Dança, com a coreografia Canto de Luz, espetáculo de dança contemporânea com o bailarino Cleo Júnior e Geraldo Lafon (in memorian), que tem a direção-geral de Abelardo Teles.

Espetáculos na Concha

O público também pode conferir outros 19 espetáculos de dança na Mostra Reynaldo Faray I, que acontece, a partir das 20h, na Concha Acústica Reynaldo Faray, localizada no Complexo da Lagoa da Jansen. Destaque para apresentação do Ballet Olinda Saul, que apresentará a coreografia Balada do Triguinho; Project AllStyles, com a coreografia Renovação, que será exaecutada na modalidade dança de rua pelo dançarino Lucas Alves; Pulsar Cia de Dança, que apresentará o trecho do espetáculo O que não cabe em mim, na modalidade dança contemporânea, com Joilson Ferraz. A programação completa está disponível no site do Teatro Arthur Azevedo ou no site da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur).

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