Hospital de Ortopedia vai quintuplicar número de cirurgias
Em entrevista exclusiva, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, diz que o HTO abre uma nova fase no tratamento ortopédico no estado
O governador Flávio Dino vai entregar nesta terça-feira, 10, o Hospital de Traumatologia e Ortopedia (HTO) do Estado. A unidade fica na Rua Barão de Grajaú, nº 90, no Jardim Eldorado, em São Luís.
O hospital vai quintuplicar a capacidade de cirurgias ortopédicas que hoje são feitas no Hospital do Câncer. Isso significa passar de 80 para 400 por mês. Além disso, o HTO tem uma estrutura inédita na rede pública estadual maranhense para atender casos de alta complexidade.
Em entrevista exclusiva ao jornal O Imparcial, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, diz que o HTO abre uma nova fase no tratamento ortopédico para os maranhenses. Ele destacou o empenho do governador Flávio Dino em garantir que o hospital tivesse a estrutura completa, profissionais e equipamentos, para o bom atendimento da população.
Qual o impacto do novo hospital no atendimento?
A ideia é que ele aumente pelo menos cinco vezes o número de cirurgias que realizamos hoje no Estado do Maranhão. A gente mais que dobra o número de leitos de ortopedia. A gente funcionava de forma improvisada no hospital destinado ao tratamento do câncer e hoje a gente cria um hospital única e exclusivamente para a traumatologia e a ortopedia no estado.
Quais as inovações que o hospital traz?
Além de aumentar o número de especialidades, a gente traz como grande novidade o tratamento de média e alta complexidades da traumatologia, sobretudo infantil. Infelizmente a gente não tinha isso no Maranhão. A gente inaugura aqui uma ala exclusivamente voltada para a pediatria e os cuidados com os pacientes de menor idade.
Há uma fila longa de espera?
O maior ganho realmente é no aumento do número de cirurgias. Temos uma longa fila de espera, são mais de mil pacientes, e a gente vai conseguir reduzir significativamente essa fila. Essa é uma preocupação do governador Flávio Dino, dar melhores condições de vida para os maranhenses garantindo integralmente seus direitos, e o direito a saúde é um deles.
Já existe uma rede de atendimento ortopédico no interior e em São Luís?
Há muitos procedimentos corriqueiros, para os quais a gente já tinha ampliado a rede ortopédica. A gente hoje, por exemplo, tem ortopedia em Imperatriz, em Presidente Dutra, em Coroatá, em Itapecuru, em Alto Alegre, em Carutapera. A gente vem ampliando essa rede, mas determinadas cirurgias têm que ser realizadas com o maior cuidado possível.
Os casos são muito numerosos?
A gente precisava de um hospital especializado apenas em trauma para dar maior precisão e pudesse diminuir a fila. Mesmo com essa rede ampliada hoje, a gente tem muitos acidentes de motociclistas, que são os grandes clientes dessa rede, que acabam aumentando e muito a necessidade de realizar esse procedimento. Então a gente precisa reduzir essa fila. Em Imperatriz, vi duas cirurgias de joelho no Hospital Macrorregional em duas pessoas que esperavam havia quatro anos. Como esses casos, há outros tantos no estado esperando a cirurgia. E a gente vai tentar diminuir essa fila e esse tempo de espera.
É um momento de contenção de gastos no país. E o Maranhão, além de ampliar essa rede, faz essa unidade especializada, qual o diferencial?
Já foram seis hospitais regionais, agora é mais um especializado em traumatologia e ortopedia. É o governo Flávio Dino investindo; não há dinheiro novo, mas a gente consegue – com muito penar, cortando na própria carne, cortando no custeio da secretaria – as condições para permanecermos vivos, para a rede não parar, sem atraso de salários. É responsabilidade fiscal, é destinar recursos para o que é importante, para o povo.