NEGÓCIOS

Comércio ludovicense espera aumento de 30% nas vendas

Dia das Crianças gera expectativa no comércio para mudança na intenção de consumo dos ludovicenses para superar a estimativa de vendas

Reprodução

Considerada a quarta melhor data para o comércio, o Dia das Crianças fica atrás apenas do Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados, respectivamente. Por vezes, a data polariza o volume de vendas com o Dia dos Pais. Mas, por ter sua comemoração no mês de outubro, o consumidor, ainda que reticente, se predispõe mais a consumir já embalado pelas festas de fim de ano.

O levantamento de intenção de consumo para o Dia das Crianças 2017, realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), demonstra que 55,6% dos ludovicenses pretendem comprar algum produto para presentear em função da data. Embora mais da metade dos consumidores estejam dispostos a ir às compras, na comparação com o mesmo período do ano passado, os dados revelam uma retração de -15,9% no nível de consumo. Por outro lado, 15% dos consumidores disse ainda estar indeciso quanto ao consumo, revelando um aumento expressivo superior a 200% entre os consumidores que vão deixar para última hora a decisão sobre as compras.

Mesmo que os últimos índices apresentem dados favoráveis para o comércio, o resultado da intenção de consumo pode ser explicado pelo fato dos consumidores ainda estarem influenciados pelas denúncias no meio político que ainda geram desconfiança em relação à economia do país.

O comércio, no entanto, espera que pelo período da pesquisa, realizada entre os dias 9 e 13 de setembro, haja mudança no comportamento do consumidor e dessa forma se possa manter os resultados positivos nas vendas também no Dia das Crianças. “As pessoas estão temerosas, mas espera-se uma migração dos consumidores indecisos para o grupo de consumidores aptos a comprar. Até a chegada da data, acreditamos que todo o apelo emocional influencie na decisão e o comércio possa comemorar bons resultados”, destaca Max de Medeiros, superintendente da Fecomércio-MA.

João de Deus, de 53 anos, auxiliar de almoxarifado, acompanhado da filha de 8 anos, aproveitou o sábado para perambular pelo comércio da Rua Grande, Centro de São Luís, e avaliar os preços e planejar as compras de fim de ano. “Estou analisando os preços. Dificuldades sempre vão existir e temos que superá-las. No Dia das Crianças, temos que alegrar o coração dos filhos. Pretendo comprar para minha filha algo que caiba no bolso”, justifica.

Há também quem busque o comércio da Rua Grande para comprar e fazer o bem em forma de doações. É o caso da servidora pública Conceição Rios, de 60 anos, que sempre costuma comprar brinquedos para distribuir no Dia das Crianças e no Natal. “Um grupo de jipeiros sempre entrega brinquedos e outros itens em uma comunidade de Santo Amaro, nos meses de outubro e dezembro, e eu contribuo com a causa. Quando não, eu costumo doar para entidades carentes”, comenta.

Aproximando-se o início de mês, o comércio espera otimista pelo aumento nas vendas para o Dia das Crianças. “Temos a expectativa de que, no começo do mês, haja um aumento de 30% nas vendas, com as pessoas recebendo seus salários. Enquanto isso, tem muita gente pesquisando para poder aproveitar as promoções e comprar mais barato”, informou Francisco Sanches, gerente administrativo de uma loja de variedades da Rua Grande que apostou na diversidade de brinquedos e na atuação de palhaços na frente do empreendimento.

O estudo realizado pela Fecomércio para o Dia das Crianças 2017 demonstra que, após dois anos em segundo lugar, a intenção de comprar presentes no Centro Comercial/Rua Grande voltou para a primeira posição, alcançando 43,3% de preferência dos consumidores, o que revela um aumento de 7,71% em relação a 2016. Em seguida, estão as lojas de shopping center, que alcançaram 31,3% de preferência, demonstrando uma redução de -34,11% em relação ao mesmo período do ano passado.

O superintendente da Fecomércio explica que a preferência pelos shoppings nas compras para o Dia das Crianças, em anos anteriores, foi atípica, e que o Centro tem a tendência de atrair a população para o comércio de fim de ano. “Tradicionalmente, a Rua Grande tem a preferência do consumidor para as compras de fim de ano por ter uma grande variedade de lojas e preços. Isso volta a se confirmar”.

Na mesma pesquisa, constatou-se que, entre os consumidores com intenção de consumo, 36,4% apresentaram interesse em adquirir apenas um produto, indicando uma redução de 1,62%. Em contrapartida, 16,6% dos entrevistados demonstraram interesse em comprar até três produtos, 7,9% afirmaram que irão comprar até quatro produtos e 7,6% devem comprar cinco presentes ou mais, revelando um aumento de 10%, 146,9% e 22,6%, respectivamente.

Entre os produtos preferidos deste ano, a lista dos presentes é liderada por brinquedos, com 58,9% de intenção de consumo, e artigos de vestuário, com 28,4%. Estes dois tipos de produtos registraram, respectivamente, aumento de 2,8% e 8,4% nas intenções de compra em relação ao ano passado. Também compõem a lista de preferência dos consumidores neste ano os aparelhos/jogos eletrônicos (12,1%), sapatos (4,1%), videogame (1,8%), material esportivo (1,6%) e bicicleta (1,6%).
Na análise dos locais preferidos para comemorar, 64,7% dos que desejam celebrar a data afirmaram que a comemoração deve ser em casa ou na casa de parentes, seguida da intenção de comemorar na praia (7,1%), cinema (6,7%) e parque de diversões ou praça (4,6%).

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