SAÚDE

Combate à Hanseníase é intensificado no Maranhão

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) vai realizar, de 23 a 28 de outubro, uma mobilização para implementação de estratégias com o objetivo de reduzir a incidência da doença

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O controle da hanseníase é uma das prioridades do Governo do Maranhão. Dentro deste compromisso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) vai realizar, de 23 a 28 de outubro, uma mobilização para implementação de estratégias com o objetivo de reduzir a incidência da doença, além de acelerar a eliminação da hanseníase no estado.

A chefe do Departamento de Epidemiologia da SES, Léa Márcia Melo da Costa, destacou as ações em parceria, desenvolvidas pelo Governo do Estado, para assegurar o tratamento dos acometidos pela hanseníase no Maranhão. “Nós temos um plano de redução da taxa de incidência e esse plano é todo alinhado com os municípios que tem a maior carga da doença. Por isso, nós focamos as ações inovadores em 15 municípios com maior carga da doença e daremos prosseguimos as ações busca ativa”, afirmou.

Durante a semana, o “Projeto: Abordagens Inovadoras para intensificar esforços para um Brasil livre da Hanseníase” capacitará médicos e enfermeiros, além de desenvolver atividades de busca ativa com agentes de saúde.

No sábado (28), haverá mutirão onde serão oferecidos exames dermatoneurológico para diagnóstico da doença, avaliação para prevenção de incapacidades, e atividades de orientação sobre sinais e sintomas da hanseníase.

No Maranhão, a iniciativa conta com a parceria do Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), Secretaria de Estado da Saúde (SES) com apoio da Fundação NIPPON, do Japão.

O projeto terá duração de três anos (2017 – 2019) e também será realizado nos estados que registraram maior número de casos novos da doença, tanto na população em geral, como em menores de 15 anos, com base no ano de 2015.

Locais dos mutirões 

A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, Maria Raimunda Mendonça, explicou como vai funcionar a ação e de que forma ela contribui para alcance dos objetivos do programa. “Em algumas localidades, tem gente que tem dificuldade de acesso a uma unidade de saúde. Com as ações, desenvolvemos um trabalho que chama atenção da população e oferece atendimento rápido e eficiente, oferecendo oportunidade para o diagnóstico precoce”, destacou.

Em São Luís, os pontos escolhidos foram o Centro de Saúde do Turu e o Centro de Saúde Djalma Marques. Já em Paço do Lumiar, a campanha será feita no Povoado Pau Deitado, enquanto que em São José de Ribamar a ação ocorrerá no Bairro Jardim Tropical.

Após a primeira semana de atualização, haverá uma reunião para avaliação e planejamento das próximas etapas do Projeto.

Ações contínuas 

Com a Carreta Ponto Final da Hanseníase, o Governo do Maranhão realiza o serviço de busca ativa de casos da doença por todo o estado. A ação, realizada em parceria com o laboratório Novartis, integra as atividades do Programa Estadual de Controle da Hanseníase da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que tem objetivo de realizar o diagnóstico precoce e ampliar o acesso ao tratamento.

Além das atividades itinerantes com a Carreta Ponto Final da Hanseníase, a SES, por meio do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, incentiva os municípios a realizarem campanhas de detecção como as campanhas escolares.

O poder público estadual também realiza supervisões nas unidades básicas de saúde e desenvolve capacitações com os profissionais que atuam nessa área no interior do estado, tendo em vista que todos os municípios contam com unidades básicas de saúde onde o programa está implantado.

Cursos de capacitação de enfermeiros e fisioterapeutas que trabalham nas unidades básicas e centros de referências de 14 municípios também foram ministrados com o objetivo de desenvolver ações de diagnóstico precoce da hanseníase, prevenir e minimizar os danos neurais.

Casos no Maranhão 

Em 2016, o Maranhão registrou 3.298 casos novos de hanseníase. Desses, 320 (9,7%) foram em menores de 15 anos. Do total de casos novos registrados e avaliados quanto ao Grau de Incapacidade Física (GIF) no diagnóstico, 192 (6,9%) iniciaram tratamento.

Em São Luís, no mesmo ano, foram registrados 472 casos novos na população geral, o que corresponde há 14,3% do total de casos novos diagnosticados no estado. Do total de casos diagnosticados no município, 35 (7,4%) foram em menores de 15 anos.

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