Alerta

Automutilação nas escolas. Um alerta para pais e educadores

Automutilação tem crescido entre os jovens. Nem sempre oriunda de pressão social, pode estar relacionada a vários motivos

Foto: Reprodução

Cobrança para passar de ano, tensão pré-vestibular, bullying ou até paixões não correspondidas podem se transformar em grandes problemas na vida de adolescentes. Quando surge a sensação de fracasso, vem o sentimento de culpa e a necessidade de autopunição. As dores emocionais são marcadas com agressões ao próprio corpo e as cicatrizes escondidas com roupas longas, fechadas ou atitudes de introspecção, como o isolamento.

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Automutilação tem crescido entre os jovens. Nem sempre oriunda de pressão social, pode estar relacionada a vários motivos, como destaca a psicóloga educacional Gabriela Aragão: “Automutilação pode ser forma de punição ou sentir prazer. Nem sempre está ligada à cobrança social. Pode ser sintoma de depressão ou até mesmo de transtorno Boderline, que implica em instabilidade afetiva”.

A psicóloga recorda de três casos recentes em escolas de São Luís. No primeiro, a automutilação estava relacionada à depressão; no segundo, era executada por um jovem querendo ser aceito pelo grupo; no terceiro, ligada ao transtorno de Boderline. Não entraremos em detalhes para preservar a identidade dos adolescentes.

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Automutilação é uma válvula de escape perigosa. Precisa ser tratada por especialistas, psiquiatra e psicólogo, imediatamente à descoberta. “O tratamento não é tão simples e a família precisa de apoio. É importante entender o que se passa com o jovem, para então ajudá-lo no processo de enfrentamento e tratamento do conflito. Enquanto ajuda, essa família também precisa ser amparada”, diz Gabriela.

Nas escolas, a prevenção pode ser feita através de trabalho antibullying e atividades que melhorem a autoestima do adolescente. Projetos que desenvolvam habilidades e ajudem a expor ideias também são importantes. Em casa, os pais podem, desde cedo, auxiliar os filhos na compreensão de seus próprios sentimentos e a administrar frustrações.

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