Economia

72% das famílias de São Luís estão endividadas

Os dados compõem Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo.

São Luís é a segunda capital do nordeste com maior percentual de famílias endividadas, são 72%, equivalente a 215.252 famílias. A cidade só fica atrás de Natal (RN), onde 75% dos grupos familiares estão em dívida. Os dados compõem a sétima edição da Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Considerando as 27 capitais, o nível de comprometimento da renda com o pagamento de dívidas foi de 30% em dezembro de 2016, patamar considerado adequado pela Federação para não sinalizar risco de elevação da inadimplência. Entre as capitais do Nordeste, apenas Teresina/PI (37%) e Natal/RN (37%) ficaram acima da média do País e ocuparam a terceira e a quarta colocações no ranking nacional de maiores taxas, respectivamente. Já as cidades de Aracaju/SE (18%) e João Pessoa/PB se destacaram com as duas menores taxas em âmbito nacional. As demais capitais nordestinas ficaram próximas da média: Maceió/AL (29%), Salvador/BA (29%), São Luís/MA (29%), Fortaleza/CE (29%) e Recife/PE (27%).

Ainda em dezembro de 2016, quatro capitais nordestinas figuraram entre as cinco menores médias mensais de dívida por família: João Pessoa/PB (R$ 813), Aracaju/SE (R$ 988), Maceió/AL (R$ 1.024) e São Luís/MA (R$ 1.045). Em Fortaleza/CE (R$ 1.247), Salvador/BA (R$ 1.332), Recife/PE (R$ 1.450) e Teresina/PI (R$ 1.640), os valores ficaram abaixo da média nacional, de R$ 1.777, em dezembro de 2016. Somente a capital do Rio Grande do Norte, Natal, ficou acima desse patamar, com R$ 1.816.

Em relação ao porcentual de famílias com contas em atraso, Aracaju/SE (29%), Recife/PE (28%), São Luís/MA (27%), Natal/RN (27%), Maceió/AL (27%) e Fortaleza/CE (27%) ficaram acima da média nacional (23%). Apenas Salvador/BA (20%), Teresina/PI (17%) e João Pessoa/PB (7%) ficaram abaixo da média das capitais, com destaque para a cidade paraibana, que apresentou a menor taxa de inadimplência do Brasil.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a conjunção de crise econômica e aumento das incertezas, além da maior seletividade do sistema financeiro e das altas taxas de juros, levaram as famílias a reduzir fortemente a tomada de crédito, comprometendo o seu consumo de bens duráveis, principalmente, e gerando uma das maiores recessões de vendas na história do comércio varejista. Nesses dois últimos anos, enquanto as operações de crédito no Brasil encolheram 12,2% em termos reais, as taxas médias de juros anuais cresceram 23,1 pontos.

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