Movimento “Viva as Bancas” quer resgatar o comércio na cidade
De acordo com o empresário André Rios, que administra uma banca no João Paulo, existem apenas 55 bancas de revistas em São Luís. A ideia do movimento é para resgatar este comércio
As bancas de revistas agonizam em São Luís. Os espaços, que antes eram bastante frequentados pela população, hoje lutam para não fechar as portas. De acordo com o empresário André Rios, que administra uma banca no João Paulo, em São Luís existem apenas 55 bancas de revistas.
“Hoje, São Luís tem apenas 55 bancas, e todas funcionando em extrema dificuldade. 55 bancas para uma cidade de mais de um milhão de habitantes. Era para essas bancas estarem bombando. Então é óbvio que alguma coisa está errada”, afirmou o empresário.
Foi com isso em mente que ele resolveu criar o movimento “Viva as Bancas!”. A iniciativa nasceu há três meses. Segundo André Rios, o objetivo do movimento é discutir a situação das bancas, reunindo a população.
“Nesses encontros, a gente busca reunir não só os clientes de bancas, mas a população em geral. Para que todos possam discutir a atual situação das bancas de São Luís. As bancas são ambientes importantíssimos para a sociedade, de difusão de cultura e conhecimento. Eu já estava incomodado com essa situação de abandono há algum tempo, e agora decidi fazer algo a respeito”, relatou André Rios.
Para o publicitário André Nascimento, que é aficionado pelo universo dos quadrinhos e participa dos encontros do movimento criado por André Rios, as bancas são parte da cidade e devem ser preservadas.
Estrutura
“Bancas de revista são de certa forma uma parte da estrutura física de uma cidade, e ver a extinção delas é algo muito triste, principalmente pelo fato da minha paixão por quadrinhos ter surgido por meio das compras feitas nas bancas da cidade e o envolvimento que passei a ter com os proprietários de algumas delas, uma relação de amizade bacana que vai além dos negócios. O movimento Viva as Bancas é uma iniciativa louvável”, afirmou o publicitário.
“Espero que o trabalho desses profissionais receba um reconhecimento maior da parte do poder público e venha a proporcionar melhores condições de trabalho. Dessa forma, outras crianças e jovens terão a mesma oportunidade que eu tive anos atrás de conhecer o universo fantástico dos quadrinhos da maneira mais bacana possível, dentro de uma banca, sem necessidade de aguardar semanas pra adquirir um exemplar”, finalizou.
De acordo com o empresário André Rios, que trabalha com banca de revistas há 15 anos, o movimento tem tido boa receptividade da população. “Temos tido boa recepção e adesão do público. Porque os eventos são democráticos. Nós damos espaço para todos trocarem ideias. Afinal, todos querem o mesmo: a revitalização das bancas. São Luís é uma cidade cultural. Não podemos ficar sem esse farol de cultura e informação”, completou.
Próximo evento
O próximo encontro do movimento Viva as Bancas será realizado neste sábado (16), na Cohab, na banca do Lacerda, que fica próxima ao Bom Preço. O evento começa às 8h e vai até o meio dia.
Propostas do Movimento
* Sociedade:
– Frequentar as bancas com a família;
– escolher uma revista mensal/semanal para acompanhar;
– incentivar/permitir o (s ) filho (s) a fazer o mesmo;
– comprar, pelo ao menos uma vez por semana, um jornal.
* Poder público (prefeitura)
– Eleger uma comissão para tratar da situação das bancas de revistas de São Luís;
– rever o valor da autorização cobrada pela prefeitura:
Propomos um valor entre R$ 200 e R$ 500, levando em consideração o tamanho e o local da banca. Hoje esse valor chega a R$ 1 mil em alguns casos.
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