Madeira defende fim da aliança entre PSDB e PCdoB
O estopim para convencer o Diretório Nacional a quebrar a aliança com o PCdoB foi justamente o ato público do início do mês em São Luís, quando o governador Flávio Dino deu provas de que apoiará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2018.
Quem está de olho nos resultados destas convenções é o ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, principal articulador do retorno de Roberto Rocha ao partido. Principal opositor à aliança com o PCdoB, Madeira está há tempos se articulando junto ao Diretório Nacional para encerrar o apoio dos tucanos a Flávio Dino.
O estopim para convencer o Diretório Nacional a quebrar a aliança com o PCdoB foi justamente o ato público do início do mês em São Luís, quando o governador Flávio Dino deu provas de que apoiará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2018, caso Lula esteja apto a concorrer. Aquele ato mostrou claramente que o PCdoB está unido ao PT, algo que desagrada o PSDB, que terá candidato próprio para a disputa presidencial.
Em 2014, apesar das divergências ideológicas históricas dos dois partidos, o PSDB só apoiou a candidatura de Dino porque o PT apoiava a candidatura de Edinho Lobão (PMDB). Logo, é impensável imaginar PT e PSDB juntos no palanque mesmo que seja para apoiar a reeleição do governador maranhense.
“Eu luto desde o início do ano para tirar o partido da coligação do Flávio. É uma situação esdrúxula. O PSDB participar do projeto do Flávio é como se fosse um Frankenstein, não tem nada a ver. O PSDB é sempre direita.
Todo o entorno do Flávio chama o PSDB de golpista. Há quatro anos, o PT não estava na coligação do Flávio. O PT apoiava o Edinho Lobão. A festa que o Flávio fez para o Lula mostra claramente que o PCdoB é mais Lula do que o próprio PT”, disse Madeira a O Imparcial.