ATENÇÃO

Alta temperatura requer cuidados com a saúde

A presença intensa do sol é favorável para quem curte atividades externas, mas os cuidados devem ser redobrados para evitar surpresas desagradáveis

Foto: Reprodução

É difícil encontrar alguém que nos últimos dias não tenha tido a sensação de estar em um deserto ao se deslocar pela cidade. Assim como no Saara, o calor intenso tem incomodado bastante os ludovicenses e acendeu o alerta vermelho para uma prática essencial e que muitas vezes é ignorada por alguns: o hábito de beber água.
Parece óbvio a necessidade de se manter hidratado diante das altas temperaturas registradas durante o dia, mas é bom estar atento, pois as consequências da exposição inadequada ao sol podem ser drásticas.

O tempo mudou

Segundo dados do Laboratório de Meteorologia do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão, o mês de agosto registrou temperaturas médias que se aproximaram dos 30° C. O mês de setembro não deve ser diferente. A previsão do tempo do site Climatempo aponta temperaturas altas que podem alcançar os 35° C durante a semana, e a chuva que castigou a capital nos meses anteriores parece agora uma lembrança distante. O aumento na Umidade Relativa do Ar pode ainda proporcionar alívios no calor com pancadas de chuva, mas nada muito exagerado.

Movimentando

Dentre as alternativas para quem quer sair do sedentarismo, uma opção para dias quentes é a prática da natação, afirma Emanuelle. “A natação é uma boa pedida para esse período. Com o sol forte e o calor, ao nadar você vai praticar uma atividade física que mexe bastante com os músculos e se mantém refrescado ao mesmo tempo. Não tem nada melhor.”
A educadora ainda chama a atenção para os cuidados com um acompanhamento profissional antes de se arriscar em qualquer atividade, principalmente exercícios de alto impacto como ginástica funcional e Crossfit. “O mais importante antes de começar a praticar atividades físicas, correr ou fazer caminhadas é passar por duas avaliações físicas essenciais: a avaliação médica que apontará possíveis problemas de saúde e a avaliação física que determinará a condição física de cada pessoa, e possibilitará a forma mais adequada para a prática esportiva”, aponta Emanuelle Ramos.

Aproveitar o sol

Caminhadas, passeios ciclísticos ou até aproveitar um dia de praia são escolhas previsíveis para este tempo, mas é preciso ter atenção, pois, além da luz visível, o sol também emite outras formas de radiação, como raios infravermelhos e ultravioletas, raios X e ondas de rádio. É importante se manter hidratado, jogar água no corpo e principalmente na cabeça, onde 40% do calor é eliminado. Segundo a educadora física Emanuelle Ramos, em práticas esportivas ou mesmo no lazer ao ar livre é essencial estar preocupado com a hidratação do corpo e evitar problemas de saúde ocasionados pela soma: calor intenso mais desidratação. “Em qualquer lugar, a hidratação é superimportante. Você deve se hidratar antes, durante e depois da atividade física. O suor é a perda de água e sais minerais, não é gordura que se elimina pelo suor, e quanto mais se transpira mais é necessário hidratar”, aponta.
Os sintomas podem ser os mais variados quando o corpo é levado aos limites pela falta de água e exposição intensa ao sol. A exposição e o calor excessivo podem aumentar o risco da desidratação, que pode provocar tonturas, náuseas, queda de pressão,disfunções renais e até mesmo alguns tipos de arritmias cardíacas. As consequências vão desde dores de cabeça ou até um mal súbito que pode levar ao óbito.

Emanuelle Ramos destaca que não é preciso beber litros durante o dia, mas principalmente noshorários de pico da incidência do sol. “Em exercícios, é possivel tomar um copo de 180ml antes da atividade e ir mantendo durante a atividade. Não se deve tomar muita água antes de uma atividade física para não correr risco de refluxo. O ideal para todos nós é que tomemos pelo menos oito copos de água durante o dia. Sucos ou água de coco também são aconselháveis”.

A pele agradece

Os riscos de desenvolver câncer de pele por longas exposições ao sol forte sem proteção adequada, aos raios UV, é outro fator que deve ser de atenção para todos. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, 135 mil novos casos e ocâncer da pele responde por 25% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil.
A dermatologista Nicolle Matos alerta que a proteção do sol deve ser constante esempre aumentada nos horário de maior incidência. “A melhor forma de se proteger do sol é evitando a exposição direta, principalmente nos horários onde a incidência da radiação ultravioleta é maior, entre às 10h e 16h”, destaca Nicolle. Ela reforça também oa importância do uso diário do filtro solar com proteção UVA e UVB, da forma e naquantidade corretas, mesmo em dias nublados. “É recomendado que os protetores solares tenham, no mínimo, Fator de Proteção Solar (FPS) 30. Mas em vários casos, há necessidade de uso de filtros com FPS ainda maior, como por exemplo nos pacientes com fototipo baixo (pele clara), nos que têm antecedente pessoal ou familiar de câncer de pele e naqueles com doenças exacerbadas pela exposição solar, como o melasma.
“O filtro solar deve ser aplicado na pele pelo menos 15 minutos antes da exposição solar e reaplicado a cada 2 horas. A quantidade ideal para aplicação no rosto, pescoço e orelhas é o equivalente a uma colher de chá de protetor solar”, explica a doutora Nicolle Matos. O uso de chapéus, óculos escuros e guarda-sol também auxiliam na proteção mecânica, mas o filtro solar não deve ser dispensado.

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