"A verdade venceu"

Investigação contra Flávio Dino é arquivada pelo STJ

Em delação, José de Carvalho Filho, da Odebrecht, havia denunciado Dino. O STJ não identificou indícios suficientes para prosseguimento de investigação

Reprodução

“A verdade venceu”. Foram com estas palavras que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), se manifestou nas redes sociais após tomar conhecimento do arquivamento – por parte do Superior Tribunal de Justiça (STJ) – das citações feitas por um dos delatores da Odebrecht. O nome de Dino havia aparecido no depoimento do ex-funcionário da empresa José de Carvalho Filho. O delator havia afirmado que Dino – que à época era deputado federal – teria pedido R$ 400 mil para apoiar, na Câmara Federal, um projeto que beneficiaria a Odebrecht.

O ministro Félix Fischer, do STJ, atendeu ao pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) e arquivou investigação contra Dino. Para Fischer, não havia indícios suficientes para o prosseguimento da investigação contra o governador.

Para a PGR, havia “dificuldade praticamente intransponível” de provar o repasse do dinheiro a Flávio Dino. Isso porque, a delação de José de Carvalho Filho não detalhava a suposta entrega do dinheiro. As divergências nas informações motivaram o pedido da Procuradoria ao STJ.
“Comunico que o STJ determinou o arquivamento da notícia de que eu teria recebido vantagem indevida de empresa. A verdade venceu”, publicou o governador Flávio Dino em seu perfil no Twitter.

O caso

O governador Flávio Dino havia sido citado em delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht em abril deste ano. Na ocasião, seu nome foi incluído na lista de pedidos de abertura de inquérito enviada pela PGR ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da operação ‘Lava-Jato’. Fachin encaminhou o pedido ao STJ.

À época em que a delação da Odebrecht veio à tona, Dino negou ter recebido qualquer quantia da Odebrecht. “O justo propósito de investigar crimes muitas vezes atinge injustamente pessoas inocentes. É o meu caso. Tenho consciência absolutamente tranquila de jamais ter atendido qualquer interesse da Odebrecht, nos cargos que exerci nos Três Poderes. Se um dia houver de fato investigação sobre meu nome, vão encontrar o de sempre: uma vida limpa e honrada. Tenho absoluta certeza de que a verdade vai prevalecer, separando-se o joio do trigo. Inevitável a indignação por ser citado de modo injusto sobre atos que jamais pratiquei. Mas infelizmente faz parte da atual conjuntura”, escreveu Dino em uma rede social.

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Mais Notícias