O clima esquentou!

Debate sobre saúde esquenta Câmara Municipal de Imperatriz

Vereadores discutem durante sessão que tratava da situação da saúde pública da cidade e até a honestidade do prefeito Assis Ramos (PMDB) é questionada

Seidel (Rede) questionou a honestidade do prefeito Assis Ramos (PMDB)

O clima esquentou esta semana na Câmara Municipal de Imperatriz. E o embate entre os vereadores tinha uma única razão: a saúde. O sistema de saúde pública da cidade de Imperatriz foi o responsável para uma dura discussão na sessão da última terça-feira (8). A atuação da prefeitura para solucionar problemas relativos ao caos no atendimento, a falta de médicos e medicamentos e a suspensão de cirurgias ortopédicas no Hospital Municipal de Imperatriz (Socorrão) foi posta em xeque.

Os vereadores da oposição chegaram a cobrar uma atitude mais enérgica do prefeito Assis Ramos (PMDB). Dentre as alternativas propostas pelos parlamentares está até a exigência pela saída do médico Alair Fimiano do comando da Secretaria Municipal de Saúde.

Em seu discurso, o vereador Alberto Sousa (PDT) foi um dos que defenderam a “queda” do secretário. Em contrapartida, a base aliada ao governo respondeu afirmando que a saúde pública de Imperatriz melhorou significativamente na atual gestão.

O posicionamento da bancada governista fez o clima no plenário esquentar. O vereador Bispo Eudes (PRP) defendeu a gestão do prefeito Assis Ramos e as medidas adotadas pelo secretário Alair Fimiano à frente da secretaria. O vereador atribuiu às gestões anteriores a responsabilidade pelo atual cenário da saúde pública de Imperatriz.

Ataque

Quem adotou um discurso ofensivo contra a situação da saúde pública em Imperatriz foi o vereador Ricardo Seidel (Rede), que chegou a questionar a honestidade do prefeito Assis Ramos. Seidel lembrou do discurso do prefeito durante a campanha eleitoral, que pregava moralidade e honestidade. “Ele dizia que o dinheiro existia, bastava honestidade. E agora? Tem desonestidade?”, questionou, afirmando que a população está sofrendo com o caos instalado na saúde e que a situação requer urgência.

O vereador Rildo Amaral (Solidariedade) também entrou na discussão e criticou veementemente a gestão do prefeito Assis Ramos. Rildo alfinetou a postura do parlamento imperatrizense que, segundo ele, deveria ter uma preocupação maior à saúde e não apenas à questão política que visa fortalecer a base do prefeito.

Rildo mencionou, ainda, a situação do Socorrão. O vereador citou uma série de denúncias como falta de profissionais e medicamentos e suspensão de cirurgias para criticar a atual gestão de Imperatriz. “Vejo os colegas dizendo que a situação melhorou, mas basta ir lá para ver o que está acontecendo. Agora vejo falar em revolução na saúde”.

Para amenizar o clima quente na Câmara, o presidente da Câmara, José Carlos Soares (PV), adotou uma postura mais conciliadora. Ele lamentou a situação na saúde, mas ressaltou os investimentos executados pelo governo do estado que, de certa forma, têm amenizado a demanda em algumas. “Sabemos que, para o tamanho de Imperatriz, nada é muito, mas temos que reconhecer o esforço e ajuda que o governador Flávio Dino tem feito pela saúde de Imperatriz”, disse Soares.

Melhorias

Apesar da discussão na Câmara Municipal sobre a saúde de Imperatriz, o prefeito Assis Ramos deu uma resposta às críticas ao entregar ao Hospital Municipal de Imperatriz, esta semana, novas máquinas para fazer gasometria e angina, equipamentos utilizados para exames de alta precisão no diagnóstico de infarto do miocárdio, distúrbios metabólicos e trocas gasosas. Os aparelhos proporcionam análises mais precisas em curto espaço de tempo e permitem a correção instantânea de deficiências detectadas.“Melhorar a assistência à saúde é primordial, principalmente na urgência e emergência, que atendem um grande número de pessoas e salvam vidas diariamente. Para isso, precisamos aperfeiçoar nossa estrutura e oferecer condições para o desenvolvimento do trabalho com renovação de equipamentos”, ressaltou o prefeito.

De acordo com o secretário de Saúde Alair Firmiano, “esse momento é extraordinário. Em 165 anos de Imperatriz, a rede pública de saúde nunca contou com esses procedimentos e a gestão Assis Ramos teve essa iniciativa. São duas máquinas muito importantes para o funcionamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do pronto-socorro e do centro cirúrgico, pois a gasometria, por exemplo, faz a dosagem de substâncias que vão orientar o médico em como agir diante de casos graves”.

O secretário ressalta, ainda, que o médico passa a ter parâmetros reais do quadro evolutivo dos pacientes da UTI. “Em relação ao outro exame que faz a dosagem de enzimas cardíacas, esse é fundamental, pois o infarto muitas vezes não é detectado em outras análises, como no eletrocardiograma, e perde-se tempo para iniciar o tratamento. Com o diagnóstico precoce, poderemos salvar muito mais vidas”, concluiu Alair.

 

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